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Quando fui obrigado a escolher o Barcelona ao invés do Corinthians
Opinião de Danilo Augusto
Como profissão, sou programador e desenvolvo o Meu Timão, mas passo o dia sentado em frente uma tela desde que ganhei meu um Atari (para os mais novos, é um videogame com processamento 10.000 vezes pior que seu celular). Jogava de Enduro a Decathlon, mas futebol, meu esporte preferido, não tinha nenhuma opção razoável ainda.
Anos (e alguns videogames) depois, já no Playstation, eu jogava Winning Eleven (que mais tarde virou o P.E.S.). Era o melhor jogo de futebol, mas não havia clubes brasileiros. Durante várias temporadas, eu jogava com o Milan. Por conta disso, sei a escalação deles de 2002 a 2006 até hoje. Joguei tanto com o Milan que virei fã do Seedorf e do Shevchenko. E quando o Neto cravou o Seedorf no Corinthians em 2011, eu chorei feito criança. Neto maldito!
De um ano pro outro, o Fifa foi ganhando relevância e acabou superando a franquia do PES. O bom era que tinha clubes brasileiros. Em 2013, quem jogava online com o Corinthians, vez ou outra enfrentava alguém, do outro lado do mundo, jogando com um Chelsea da vida, reeditando por acaso a final do nosso segundo mundial.
Por decisão do Corinthians (e de uma oferta financeira mais em conta da Konami), hoje o nosso time está fora da série FIFA, sendo exclusividade do PES.
Ontem fui jogar FIFA 17 com meu cunhado.
Não tinha o Corinthians.
Escolhi o Barcelona, ele o Real Madrid e jogamos melhor de três.
Tenho 33 anos, vou continuar torcendo para o Corinthians, independente de qualquer videogame. Mas e uma criança de 10 ou 11 anos?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.