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O supertrunfo
Por que a tendência é Sylvinho não ser demitido mesmo se Corinthians perder do Palmeiras
Análise de Lucas Faraldo
Dificilmente Sylvinho será demitido neste fim de semana. O atual treinador do Corinthians chega ao Dérbi deste sábado, pelo Campeonato Brasileiro, com um supertrunfo como técnico do Timão em comparação a Tiago Nunes e Vagner Mancini, que caíram após derrotas para o Palmeiras.
Os antecessores de Sylvinho no Corinthians já chegaram ao derradeiros Dérbis na corda bamba. Faltavam apenas os sacodes finais para a diretoria justificar as demissões.
O que colocou Tiago Nunes, ainda no 1º turno do Campeonato Brasileiro de 2020, e Vagner Mancini, na semifinal do Campeonato Paulista de 2021, na corda bamba? Os dois técnicos chegaram aos tais clássicos contra o Palmeiras já sem a confiança de boa parte do elenco, por mais que dirigentes os bancassem interna e até externamente.
Esse é o diferencial de Sylvinho em comparação aos últimos técnicos do Timão. O atual treinador, além de bancado internamente pelo presidente Duilio Monteiro Alves e diretor de futebol Roberto de Andrade, segue com o grupo de jogadores nas mãos - inclusive os reforços recém-chegados.
Aliás, é principalmente o pacote de contratações da última janela que dá confiança ao elenco. A qualidade dos treinos no CT se elevou desde a primeira semana de trabalhos de Giuliano com bola, por exemplo. O mesmo tem se repetido nas últimas semanas com Renato Augusto, Roger Guedes e Willian.
Claro que não é impossível Sylvinho ser mandado embora depois do clássico contra o Palmeiras. Sofrer uma goleada ou um "baile tático" pode tornar a pressão externa insustentável para a diretoria. A queda, porém, seria a contragosto de praticamente todos dentro do CT. A tendência é o trabalho seguir enquanto acreditarem haver margem pra melhora.