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Adson comemorando seu gol no Majestoso

Danilo Fernandes / Meu Timão

Adson já é um caso de sucesso das categorias de base do Corinthians

Opinião de Luis Fabiani

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Muitas vezes a grama do vizinho parece mais verde. Mas já que a cor passa longe de traduzir aquilo que o corinthiano vê como ideal, acho que uma síndrome de vira lata transmite bem a mensagem que busco propagar.

Fosse Adson um jogador de um dos rivais do Corinthians, muitos estariam se questionando do porquê de o clube do Parque São Jorge não revelar jogadores como os de seus concorrentes. Fato é que, na minha visão, o camisa 28 já é um caso de sucesso das categorias de base do clube alvinegro.

Para quem me acompanha, posso soar repetitivo, mas sempre defendi uma tese comum aos jogadores que sobem da base ao profissional de um clube grande: a formação sempre te oferece mais coadjuvantes do que protagonistas. É equivocado cobrar que saia um Marquinhos por ano dos campos do Terrão.

Atuando pelas duas beiradas do campo, Adson já atuou pelo profissional do Corinthians em 40 oportunidades, totalizando 1476 minutos, garantindo cinco gols e quatro assistências. Ou seja, em média, uma participação direta em gols a cada 164 minutos em campo. Isso com duas temporadas junto aos profissionais, em momentos nos quais a equipe passou longe de ser estável em campo.

A nível de comparação, se pensarmos em jogadores que o Corinthians contratou para atuarem em uma posição semelhante:

  • Everaldo: 36 jogos, quatro gols e uma assistência (uma participação em gol a cada 716 minutos jogados)
  • Léo Natel: 54 jogos, quatro gols e duas assistências (em média, uma participação a cada 330 minutos jogados)
  • Rómulo Otero: 41 jogos, quatro gols e duas assistências (em média, uma participação em gol a cada 516 minutos jogados)
  • Jonathan Cafu: três jogos, sem gols ou assistências.

Em uma continha de padaria, Adson se prova muito mais eficaz, e certamente muito mais barato, do que três jogadores contratados de outros clubes. A cada Adson que você forma, você exime a necessidade de contratar "Everaldos", "Natéis", "Cafus" e "Oteros".

E são vários os casos deste tipo. Raul Gustavo e João Victor, no início da trajetória profissional, por exemplo, foram preteridos pelos instáveis Henrique, Manoel e Marllon.

Adson é um caso de sucesso da base do Corinthians pois deu aos profissionais aquilo que se espera de um jovem. Ainda virá a ser um grande protagonista, mas hoje é um dos coadjuvantes mais interessantes do Timão nos últimos anos.

Veja mais em: Adson e Base do Corinthians .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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