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O Corinthians possível

Corinthians venceu mais uma fora de casa no Brasileirão

Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Um time seguro, pragmático, que busca ser mais letal: a velha e eficiente fórmula corinthiana

Opinião de Marcelo Becker

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Posse de bola, intensidade e pressão alta no chamado pós-perda. Essas palavras foram usadas por Vítor Pereira logo em sua chegada ao Corinthians. Fazer o time jogar com as linhas bem avançadas também era objetivo do treinador. Mas, ao vivenciar o que de fato é o calendário do futebol brasileiro, o comandante português se viu obrigado a abandonar tal estratégia. Agora, molda sua equipe de acordo com o físico de seus atletas, bem como o intervalo entre os jogos.

O choque de realidade veio na semifinal do Campeonato Paulista, quando, apesar de o placar ter sido 2 a 1 para o São Paulo, o alvinegro não conseguiu competir com o tricolor, muito por conta do aspecto físico. Naquela semana, o Corinthians jogou o confronto decisivo do Estadual com apenas dois dias de intervalo em relação a última partida.

Depois disso, muita coisa mudou: rodízio de atletas nas escalações e também a postura tática do time. Atualmente em três competições (muitos jogos, poucos treinos), média de idade do elenco e lesões, tudo isso moldou o Corinthians até aqui. Se não é uma equipe que proporcione espetáculos, vitórias por muitos gols, tem se mostrado um time seguro.

Na vitória do último sábado, por 1 x 0 contra o Atlético-GO, após abrir o placar ainda na etapa inicial, o Corinthians adotou uma proposta de jogo bastante defensiva para o segundo tempo, e acabou o confronto com uma linha de cinco (três zagueiro e dois laterais), mais três volantes. E teve como lance de maior perigo uma única cabeceada do adversário, que saiu pelo lado do gol defendido por Cássio. Após o jogo, Vitor Pereira elogiou seus jogadores.

“Fundamentalmente, nas circunstâncias que jogamos o jogo, hoje valeu o espírito de equipe. Muitos jogadores fora, jogo era importante, mas o que quero é valorizar o trabalho de quem estava em campo. Espírito de luta muito forte e só assim foi possível levar os três pontos dentro de campo”.

Para que esse modelo mais reativo seja de fato eficaz, o ataque precisa ser mais letal. Em Goiânia não foi. O erro do Corinthians no sábado foi não conseguir contra-atacar. A ausência de Willian pode ter sido fundamental para isso, uma vez que o camisa 10 é o cara de velocidade e técnica para a saída em velocidade desde a defesa.

Para a sequência da temporada, imagino que cada vez veremos mais o “Corinthians possível”. O tranquilizante mais eficaz do futebol é a vitória, e jogar pelo resultado no sentido da expressão já um tanto batida – saber sofrer -, está longe de ser demérito para qualquer equipe. Pode não brilhar, encantar, mas precisa vencer. Assim é o jogo, e até aqui, assim o Corinthians está vivo nas três competições que disputa.

Veja mais em: Elenco do Corinthians e Corinthians x Atlético-GO .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Marcelo Alexandre Becker

Gaúcho corinthiano desde agosto de 1981, formado em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Jornalismo Esportivo na Faculdade Cásper Líbero. Atua na imprensa desde 2003.

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    Leandro
    Leandro Silva #43

    Vitor deu várias passos atrás na sua ideia de time e de jogo, pra se adequar ao calendário e buscar resultados que lhe deem tempo, antes de perder o apoio da torcida - e o respaldo internamente também. Da eliminação do Paulista pra cá, vejo o Corinthians num momento semelhante ao que passou em 2020 depois da paralisação do futebol. Quando voltou jogando pelo resultado, ganhando jogos sofrendo e ainda foi pra final do Paulista.

    A diferença é que àquela altura, TN já estava mais desgastado e já tinha perdido o apoio e com um início oscilante de Brasileiro, ficou insustentável. Mas vejo semelhança pela expectativa que se tinha no início e o jeito que o time tem jogado. É ruim de assistir e decepcionante porque parece que a gente não consegue sair desse pragmatismo "à lá Carille", mas... Sem resultados ninguém vai conseguir mudar a mentalidade do time, torcida, diretoria e quem quer que seja o técnico, vai precisar de tempo e de peças que se encaixem na sua proposta de jogo.

    Não adianta querer um time agressivo e intenso, com jogadores lentos (alguns velhos), de toque curto e aproximação. E que tão condicionados a correr pra trás quando perdemos a bola, seja por mentalidade, momento de carreira ou características individuais. É o que tem por agora e é melhor sofrer assistindo os jogos sendo líder do campeonato do que no meio da tabela, temendo pelo Z4.

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  • Todos os comentários (37)

    Laercio
    Laercio Tavares #1.295

    Marcelo Becker sempre bem posicionado e bom Profissional!

  • Laercio
    Laercio Tavares #1.295

    Deixar Renato Augusto e Giuliano no Banco e Piada e vontade de perder

  • Laercio
    Laercio Tavares #1.295

    Marcelo estas muito otimista, e o VP Rabudo e muito teimoso nessas mudancas! Principlamente hoje e esta tomando de 0x1

  • Felipe
    Felipe Lacerda #6

    Que possamos vencer hoje! Vamos que vamos

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