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Difícil

Jogadores receberão o salário total do mês de abril

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Boa vontade e cota de sacrifício na negociação dos jogadores com a diretoria do Corinthians

Entrevista de Marco Bello

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Conforme mostrado pelo Meu Timão nesta quinta-feira, O Corinthians garantiu o pagamento do salário integral do elenco profissional para os meses de março e abril. No final deste mês, a diretoria vai conversar com os atletas para avaliar o que acontecerá no mês de maio. Não está descartada uma redução salarial aos jogadores.

A negociação está sendo acompanhada de perto pelo Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo.

O presidente da entidade, Rinaldo Martorelli, conversou com o Meu Timão e detalhou a situação:

“Nós temos acompanhado sim as tratativas dos atletas do Corinthians com a diretoria. O que eu posso dizer é que, evidentemente, é uma situação muito difícil, muito complicada para todo mundo. Campeonato paralisado, cota de televisão suspensa, e por outro lado aquele que precisa receber tem seus compromissos, tem família pra sustentar. Enfim, é uma situação difícil, mas o que a gente pode garantir é que está tendo muito boa vontade, tanto da parte dos atletas quanto da parte dos dirigentes do Corinthians.”

Martorelli também falou sobre clubes que já decidiram pela redução salarial dos atletas a partir de abril, e as diferentes realidades do futebol do Estado:

“O que vem acontecendo nesses dias, principalmente no que diz respeito à redução salarial, é que temos conversado muito com dirigentes e atletas, e ponderado as questões de cada lado. Cada atleta e cada dirigente têm que saber o que fazer nesse momento difícil. Primeiro, uma questão legal. Não dá pra falar de redução salarial sem passar por uma homologação do sindicato, porque a medida provisória emitida pelo governo não tem como suplantar a constituição.”

E como são feitas as negociações então? Através do sindicato, de acordo coletivo, ou individualmente?

“Lá na constituição está escrito da necessidade do acordo coletivo, que é pra trazer conforto para as partes. Agora, no que diz respeito à questão prática, cada atleta e cada clube é que sabem do seu bolso. A preocupação é que todo mundo possa dar uma cota de sacrifício. Essa cota de sacrifício nem sempre é financeira.”

E existe alguma ideia que não seja a redução?

“A gente tem explicado para os atletas e para os clubes que pode ser até que o clube não tenha dinheiro hoje, mas ele pode se comprometer num futuro, daqui seis meses, daqui um ano. A gente tem dito para o atleta que se ele tiver condição, ele pode esperar um pouquinho pra receber, ele pode esperar também um pouco menos, receber um valor agora do salário, e receber o restante lá na frente. Agora, a gente sabe que outros atletas não tem condição de abrir mão por várias questões, questão pessoal, não tem como ele abrir mão. Ele precisa dos valores.”

Os clubes estão entrando em um acordo?

“São realidades diferentes. Tem clube que está pagando religiosamente em dia, tem clube que não está pagando, então o quadro é muito heterogêneo. Então a gente está ajudando as partes a pensarem no que fazer, pra que a gente possa sair mais fortalecido disso tudo. Esse é o papel do sindicato.”

Veja mais em: Elenco do Corinthians e Pandemia do coronavírus .

Por Marco Bello

Marco Bello é jornalista, apresentador e repórter da Rede Transamérica de Rádio, setorista do Corinthians desde 2009

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