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Controlando o jogo

Carille comanda treino no CT Joaquim Grava durante preparação do time para o Campeonato Paulista

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Com mais posse de bola, Carille mostra nova tendência para o Corinthians em 2019

Opinião de Rafael Bianco

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No primeiro jogo da temporada, contra o São Caetano, o Corinthians terminou com 72% de posse de bola, mas mesmo assim não foi capaz de criar jogadas que pudessem de fato demonstrar perigo para a meta do time adversário. O gol de empate saiu apenas em um escanteio, que é uma jogada com a bola parada, sem influência direta do toque de bola.

Talvez de nada adiante ter a bola se o time não consegue finalizar de forma eficiente. Na partida de estreia do Campeonato Paulista, por exemplo, o Corinthians chutou 13 vezes, mas somente um foi no gol.

Observando o retrospecto do Corinthians nos últimos anos, o próprio time comandado por Fábio Carille criou o costume de se defender muito bem e oferecer a bola ao adversário, conseguindo então, oportunidades de jogadas rápidas e contra-ataques.

Nos últimos anos, tirando o time do Campeonato Brasileiro de 2015, no qual a equipe conseguia ficar com a bola e triangular com altíssima eficiência, o Corinthians conquistou dois campeonatos paulista e outro brasileiro justamente sem a posse de bola, mas com um setor defensivo muito entrosado e que permitia poucas chances aos adversários. A diferença estava no fato de que o ataque era eficiente.

Em 2017, por exemplo, a equipe campeã com Fábio Carille, costumeiramente perdia pontos no campeonato justamente quando tinha a posse de bola.

Contra o Palmeiras, na 13° rodada, por exemplo, o time ficou com ela apenas 39% do tempo, mas ainda assim venceu por 2 a 0.

Dois jogos depois, contra o Avaí, o Corinthians teve 67% de posse de bola, mas não conseguiu furar a retranca do adversário e o jogo acabou empatado em 0 a 0.

Carille já ressaltou que volta ao time, em 2019, com a prioridade de arrumar o setor defensivo e manter o alto padrão que o Corinthians estava acostumado nos últimos anos, sofrendo poucos gols. No amistoso contra o Santos, por exemplo ficou nítida a organização tática na hora de se defender.

Fábio Carille não abre mão das duas linhas de quadro na hora de se defender

Rodrigo Vessoni

Mantendo a excelente tática defensiva, o Corinthians ainda assim precisa marcar gols para vencer as partidas. A esperança da equipe para os bons resultados acaba sendo, então, nas novas contratações do Corinthians esse ano, para que consigam transformar o tempo que o time fica com a bola em possibilidades reais de gol.

Entre os nomes que chegam com o poder de decidir, podemos destacar a possibilidade de uma jogada individual de André Luis e Sornoza pelas laterais, uma chegada por trás de Ramiro ou até mesmo um bom chute de Gustavo ou Boselli, além dos outros nomes que já estavam no Timão e podem auxiliar também, como Jadson e Pedrinho.

Vamos ver qual vai ser a postura adotada pelo time no confronto desta quarta-feira, quando enfrenta o Guarani, fora de casa, pela segunda rodada do Paulistão, já que Fábio Carille decidiu manter a mesma equipe da estreia, colocando apenas Léo Santos no lugar de Marllon.

Aperfeiçoando o que dá certo no setor defensivo e inovando no ataque, o Corinthians, que ainda deve contar com a chegada de mais algum reforço, tem tudo para ser uma das equipes que podem se destacar esse ano no Brasil.

O Timão disputa em 2019 o Campeonato Paulista, o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Sul-Americana, e se conseguir corresponder às expectativas, tem tudo para figurar entre os principais concorrentes dessas competições.

Veja mais em: Fábio Carille .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Rafael Bianco

Rafael Bianco é estudante de jornalismo na Cásper Líbero e apaixonado pelo Corinthians. Com paixão herdada pela família, acompanha o dia-a-dia do clube em busca de informações e números do Timão.

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    douglas
    Douglas Marin

    No jogo Corinthians X são Caetano, o Timão mostrou bastante chegada ao ataque, mais do que fazia ano passado, porém estava nítido a falta de entrosamento, já que haviam 6 novos jogadores, outro detalhe foi a falta de tempo de reação, tempo de bola, que com mais alguns treinos taticos e mais uns 4 jogos, iremos ter bons frutos...

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  • Todos os comentários (45)

    Guilherme
    Guilherme Torres #4.917

    Carille pode está até errando na escalação de alguns jogadores, mas pelo menos ele tá tentando fazer com que o Corinthians não tenha apenas uma forma de jogar, que seria aquela de 2017 muito defensiva e só explorando o contra-ataque.
    Vamo se classificar e ser campeão na casa de algum deles como no passado.
    Vamo voltar a ser Timão.

  • jose
    Jose Souza

    A escalação base do Corinthians com o tempo vai ser a seguinte : Cássio, Fagner, Henrique, Marlon, e Carlos, Ralf, Junior Urso, Sornosa e Ramiro, Love e Gustavo.

  • Geraldo
    Geraldo Meneses

    Pra trás e para o lado! Temos que jogar pra frente e pelo menos? Chutar? No gol. Sem isso fica difícil ganhar

  • Paulinho
    Paulinho Silva

    Tivemos mais posse de bola, porque são Caetano saiu na frente e se retrancou. Com isso a bola ficou mais com o Corinthians que precisava fazer os gols.
    Quando o Corinthians ganhava de meia a zero e ficava sem posse de bola em 2017 tinha o Jó pra fazer gol lá na frente, e as vitórias do Corinthians surgia por conta de já sair na frente logo no início forçando o adversário a atacar e com isso o Corinthians jogava no erro e tinha menos posso de bola por jogar por uma bola no contra-ataque.

    Vamos lembrar que o Corinthians está mais forte, mais mudou muito o time e isso leva tempo pra se adaptar. O próprio time campeão em 2017 não começou com tudo, na verdade foi abaixo e o jô inclusive era reserva. Tudo começou a mudar com aquela vitória contra o Palmeiras com um a menos gol do Jô, dali ganhou confiança e tudo começou a mudar.

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