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Nosso DNA
Contra o Grêmio, vimos a diferença entre estar no Corinthians e ser Corinthians
Opinião de Roberto Gomes Zanin
Ser corinthiano é exigir tudo.
Ser corinthiano é não exigir nada.
O Fiel exige tudo: que o ser humano que tem a honra de vestir o manto (só a nossa camisa deve ter esse sinônimo, já que manto é vestimenta religiosa), deve deixar tudo em campo. Sangue. Suor. Lágrimas.
O Fiel não exige nada: não precisa ser Sócrates, Marcelinho, Neto. Não precisa dar chapéu, rolinho, letra. A arte é um plus. A raça é obrigatória no time do povo.
Resumindo: não queremos que o atleta jogue NO Corinthians.
Queremos que o atleta jogue O Corinthians.
A rainha Hortênsia, maior jogadora de basquete que eu vi, corinthiana, disse que nunca perdeu uma partida.
Sabe por quê?
Porque sempre teve a consciência de ter feito o seu melhor. Se perdeu, vez ou outra, não foi para si mesma, mas porque as adversárias mereceram.
Os 9 guerreiros que enfrentaram 11 gremistas, mais um outro com o apito na boca, não foram jogadores DO Corinthians.
Foram O Corinthians!
Há dois anos, encontrei Fábio Santos no aeroporto. Ele estava com a delegação do Atlético. Cumprimentei-o. Agradeci e falei que o lugar dele era o Corinthians. Ele agradeceu e, sutilmente, concordou.
E o cara voltou e está jogando para c...aramba.
Tem o dobro da idade e corre o dobro do que Lucas Piton.
Fagner voltou a ser Fagner.
E Luan jogou como corinthiano. Ele é, afinal.
Mancini está fazendo muito. E em pouco tempo.
Joguem sempre assim!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.