Toda a polêmica envolvendo a punição do Corinthians na Libertadores pela tragédia ocorrida em Oruro, na partida contra o San José (BOL) ainda repercute. O ex-presidente do clube, Andrés Sanchez, contesta que logo após o ocorrido em Oruro, o clube tenha sido colocado como o maior culpado por tudo por grande parte da imprensa.
"Foi o maior linchamento público, o maior estupro, que já teve em uma instituição neste país. Puseram o Corinthians como se fosse o culpado de tudo", afirma Andrés em entrevista ao programa "Esporte em Debate", da Rádio Bandeirantes.
Para Andrés Sanchez, a primeira punição aplicada pela Conmebol de que as partidas fossem feitas com os portões fechados foi apenas para mostrar para a Fifa e para a opinião pública o poder da entidade. Ele entende que o Corinthians deveria ter tomado outra atitude ante a tudo que aconteceu.
"O Corinthians tinha que se auto eliminar da Libertadores para o bem do futebol sul-americano", defende.
O presidente também questiona o fato de tantas multas estarem sendo aplicadas pela Conmebol. Segundo ele, as multas são pagas para federações e confederações sem que o dinheiro seja utilizado para fomentar o futebol.
"Os US$ 200 mil eu não pagaria, pode ter certeza que eu não pagaria. A coisa mais absurda em um campeonato é pagar multa", disse.
Na última semana, o presidente do Palmeiras anunciou que havia cortado relações com as torcidas organizadas do clube pelo acontecido na Argentina. Perguntado, Andrés aproveitou também para explicar a relação do Corinthians com as torcidas organizadas durante o seu mandato.
"Nos meus cinco anos de administração nunca teve ingresso de graça. O que tem é a prioridade (compra de ingressos) e quando tinha uma final que fosse mais de 300 quilômetros a gente ajudava em 10% ou 15%", concluiu.
Fonte: Band