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Andrés Sanchez garante que Arena Corinthians terá 45% dos lugares com preços populares

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SÃO PAULO - O ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez, responsável pela obra, garantiu ao Estado que o estádio, após a Copa do Mundo, terá 45% da capacidade reservada aos assentos “populares”, com preços compatíveis com os que são praticados nos setores mais baratos do Pacaembu.

“Atrás dos dois gols ficam os lugares mais baratos, em torno de R$ 40”, disse ele à reportagem durante a visita ao estádio, na última quarta-feira. Esse seria o preço cheio, sem os descontos de até 40% do programa Fiel Torcedor. Atrás dos gols são os locais reservados às torcidas organizadas. São as arquibancadas (setores) Norte, próximas ao metrô Itaquera, e Sul – por essas entra a torcida visitante.

Para sustentar ingressos “populares”, o Corinthians manterá sua estratégia de aumentar ingressos de outros setores, como já faz no Pacaembu na chamada área VIP, com preços de R$ 500. A diferença é que na Arena Corinthians haverá mais espaço para os VIPs. Eles entrarão pelo setor Oeste, o que abriga restaurantes, bares e camarotes. Os preços dessa ala “rica” do estádio ainda não estão definidos. “Quem vai saber o limite?”, questiona Andrés.

Além das numeradas, o setor que mais vai gerar renda será o dos camarotes. Serão 89 – os menores terão capacidade para 12 pessoas e os mais espaçosos, que serão negociados com grandes empresas, poderão abrigar mais de 200 pessoas. Os camarotes serão alugados por períodos de dois a sete anos. “Temos três mil interessados. Não vamos colocar preço nisso, vamos fazer um leilão eletrônico e ver até onde vai.”

Existe, no entanto, uma referência de preço, porque dois desses camarotes já foram vendidos. Andrés usa como base uma negociação que envolveu dois camarotes para 12 pessoas. O comprador de ambos foi uma das empresas que forneceram material para a construção do estádio.

Em troca de proporcionar material a um preço menor do que o de mercado, a empresa exigiu que dois camarotes entrassem na negociação. Para ter direito a esses espaços por um período de dois anos, ela pagou R$ 2,8 milhões, segundo Andrés. Por essa negociação, os camarotes foram vendidos por R$ 700 mil/ano. O dirigente acredita que pode vendê-los, a preços de mercado, por pelo menos R$ 1 milhão.

Um dos três maiores camarotes deverá ficar com a empresa que está negociando a compra do nome do estádio. “Estamos sentando e conversando, é uma coisa nova no Brasil”, disse. Os naming rights valem, na visão do clube, R$ 400 milhões.

Apenas a venda do nome do estádio não é suficiente para quitar o empréstimo do BNDES. Por isso, o estádio tem de gerar receitas próprias além da bilheteria, como os camarotes. Na outra ponta está o comércio dentro do estádio.

“O projeto foi concebido a partir da ideia de que o estádio precisa faturar R$ 150 milhões por ano ou mais”, afirma o arquiteto da obra, Anibal Coutinho, do escritório CDC. “Queremos que o torcedor chegue ao estádio muitas horas antes do início da partida, que ele visite o museu, almoce e compre coisas do Corinthians na loja. Por isso pensamos nessas áreas de convivência.”

Fonte: Estadão

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