Um novo estudo sobre as causas do acidente que aconteceu na Arena Corinthians, em novembro de 2013, mostra que, provavelmente, o contrapeso da máquina estava maior do que o recomendado.
O relatório foi encomendado pela Odebrecht, construtora do estádio, e realizado por Fernando Mattos, perito e mestre em engenharia pela USP. A fabricante do guindaste é a empresa alemã Liebherr, já a responsável por manuseá-lo é a Locar Guindastes & Transportes Intermodais.
Segundo as primeiras informações divulgadas no jornal Folha de S. Paulo, houve um erro na operação do aparelho. Na hora do acidente, o contrapeso era de 500 toneladas-força, quando na realidade, o necessário era de 460.
- Meu estudo foi encomendado pela Odebrecht logo na época do acidente, em dezembro, e abrangeu só a parte de cima do solo, a parte do guindaste. Encontramos elementos bastantes conclusivos sobre o caso -afirmou Fernando Mattos ao Lancenet, no quando foi procurado.
Depois, em novo contato por e-mail, ele disse que só poderia revelar o teor e as conclusões do estudo depois da autorização expressa da Odebrecht, empresa contratante.
Em julho, foi a vez de o Instituto de Criminalística da Polícia Civil divulgar um laudo, afirmando que 'a compactação do 'solo superior' não foi suficiente para aguentar o peso do guindaste'.
Já a Locar respondeu que 'reconhece o único laudo oficial, elaborado pelo Instituto de Criminalística e de conhecimento público desde junho passado, que aponta o solo - cuja preparação, nivelamento e estabilidade não eram de sua responsabilidade conforme contrato e ata celebrados antes do início dos trabalhos-, como a exclusiva razão da queda do guindaste.'
Até o momento, nove pessoas, sendo sete funcionários da Odebrecht e dois da Locar, já foram indiciadas pela polícia.