O clássico entre Corinthians e Palmeiras, disputado neste domingo, ficou marcado pelos acontecimentos extracampo. Além dos objetos arremessados durante o confronto, um drone que carregava a camisa do Guaraní (PAR) invadiu a Arena Corinthians. No entanto, a brincadeira pode ser enquadrada no artigo de risco à integridade ou violência, causando uma punição ao rival da Barra Funda.
"O procurador do STJD analisa as imagens e se ele entender que viola normas do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que trouxe risco aos torcedores e jogadores ou que instigou a violência, pode punir. São tantos artigos que depende da interpretação. A questão é denunciar qual clube? O Corinthians é responsável pela segurança do estádio, mas não tem autonomia pra verificar o que fazem fora de campo. Se o procurador for punir, acredito que optará pelo Palmeiras", afirmou João Henrique Chiminazzo, advogado especialista em direito esportivo ao LANCE!NET. Entretanto, como os mini-helicópteros são criações recentes, ainda não há lei contra seu uso em estádios de futebol no Brasil.
No mês passado, uma situação parecida causou uma severa punição ao Boca Juniors (ARG). Durante o clássico com o River Plate (ARG), pelo jogo de volta das oitavas da Libertadores, um drone sobrevoou a Bombonera, carregando uma faixa branca com um "B" em vermelho. A provação fazia alusão ao rebaixamento do rival, ocorrido em 2011.
Além do drone, um torcedor do time da casa lançou um gás de pimenta no túnel de jogadores do River Plate que dava acesso ao gramado. A decisão tomada pela Conmebol para o caso foi a eliminação do Boca Juniors da competição, mais uma multa no valor de 200 mil dólares, quatro partidas com portões fechados em torneios da entidade e quatro jogos sem torcedores do Boca como visitante.