Nos 39 jogos disputados pelo Corinthians em 2015, o técnico Tite já testou alguns esquemas táticos, porém, o mais utilizado até o momento era o famoso 4-1-4-1. Além dele, o treinador escalou a equipe oito vezes no 4-4-2 e seis vezes no 4-2-3-1. E a noite deste sábado, em partida contra o Figueirense, foi a vez de testar o 4-3-3, já utilizado três vezes na temporada, mas nunca no Campeonato Brasileiro.
Após a vitória por 2 a 1 sobre o time de Santa Catarina, o treinador alvinegro pareceu aprovar o "novo" posicionamento da equipe, muito mais ofensivo em comparação aos outros, já que leva dois meias e três atacantes.
"Teve um volume muito grande, mas a coordenação dos movimentos ainda vai melhorar. A gente sabe que o futebol são combinações e foram poucas combinações entre Love, Luciano e Malcom. A gente buscou uma pressão alta, agrediu um pouco mais. O segundo gol mostrou coragem nesse enfrentamento. Foi merecido o placar, mas ainda é na busca de equilíbrio", disse.
Dos três atacantes que começaram a partida, apenas o jovem Malcom permaneceu em campo até o final, já que Luciano deu lugar para Danilo e Vagner Love saiu para a entrada de Yago. Sobre as substituições, o treinador reconhece que correu riscos, mas visava apenas uma melhor organização tática.
"Como técnico, às vezes, penso coisas que não acontecem. Fiz alterações para a organização tática. Coloquei o Yago como primeiro volante, ele tem experiência nessa função, e botei o Marciel de segundo volante. Se sai o Love e entra o Yago, se tomo o gol, desce o mundo na minha cabeça", afirmou o técnico, em tom de alívio.
Ainda assim, Tite reafirma que a escalação está propícia a mudanças, visto que o Corinthians passa por uma fase de reformulação e constante busca de equilíbrio.
"A escalação está aberta, o sistema está aberto. Quem ganhar sequência vai produzir. Se fosse pelo jogo passado, o Vagner não jogava hoje, mas futebol não se faz assim", concluiu.