Um clube de futebol costuma possuir três áreas centrais de investimento: formação de elenco - compra de atletas -, estrutura - estádios e Centros de Treinamento -, e categorias de base. O último, apesar de ser o mais cobrado pelas torcidas, é o que recebe menos capital.
No entanto, segundo a "Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros" - estudo feito pelo Banco Itaú BBA -, o Corinthians foi um dos únicos clubes que manteve os investimentos nas categorias menores. Ao lado do São Paulo, a pesquisa mostra que, na soma de investimentos na base feitos entre 2010 e 2015, os dois clubes são responsáveis por 39% do que foi aplicado pelos 24 maiores times do país. Nesse período, o Parque São Jorge investiu quase R$ 64 milhões na base.
Em 2014, dos R$ 99 milhões investidos na base por todos os clubes inclusos no estudo, o Timão investiu R$ 27 milhões. Houve até um aumento em relação à 2013, quando os investimentos não passaram de R$ 11 milhões. A mesma pesquisa concluiu que o Corinthians, embora tenha apresentado números pequenos e uma diferença demasiada de arrecadação, ainda foi lucrativo em 2014 .
Assim, os analistas do Itaú BBA apontam uma solução a longo prazo. "Os clubes precisam reforçar investimentos nas Categorias de Base, captando melhor, orientando melhor, retendo mais e colocando-os para atuar, pois esta é uma alternativa substancialmente mais barata e de melhor solução financeira para o clube", afirma o estudo.
Confira o investimento dos clubes nas categorias de base nos últimos anos
*Gráficos e dados: Itaú BBA