Contratados em janeiro, Guilherme e André já fazem parte do time considerado titular do Corinthians. Para o técnico Tite, os dois jogadores têm feito boas atuações pela equipe alvinegra, líder de sua chave no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores da América. Questionado sobre a função do camisa 10, acostumado a atuar não como armador, mas atacante, o treinador foi direto.
“O Guilherme nunca jogou nessa posição porque ele nunca jogou, que eu saiba, no sistema de 4-1-4-1. Eu só posso ter um conceito definitivo dando a ele uma sequência de jogos pra que ele possa desenvolver esse potencial. Jogando com os três articuladores centrais, ele vai tocar mais na bola”, explicou Tite, em entrevista ao canal SporTV.
Desde que chegou ao Parque São Jorge, Guilherme disputou oito partidas e marcou dois gols. O meia-atacante, porém, tem recebido críticas por parte da torcida corinthiana por não apresentar as mesmas características de Renato Augusto – o camisa 8 era responsável pela transição entre a defesa e o ataque do time que ergueu o troféu do Brasileirão em 2015.
“Eu falo de forma enfática, não quero ser o dono da verdade, mas externo minhas ideias de uma forma pensada e convicta: ele vai participar mais do jogo, vai participar das jogadas de construções perto dos meio-campistas”, acrescentou o comandante, que tratou de passar confiança ao novato.
“Eu não vi uma crítica dentro dos jogos do Corinthians dessa forma, porque a função dele o faz participar mais do jogo. Atleta gosta de ter a bola no pé. Quando você tem um jogador da capacidade de criação com os dois pés, de lançamentos, de assistências, eu tenho que potencializar e dar um tempo maior pra ele possa ter um tempo de se adaptar (...). O Guilherme está adaptando e crescendo nessa função”.
Outro atleta elogiado por Tite foi André, que herdou a camisa 9 de Vagner Love. Na avaliação do técnico, o ex-centroavante do Atlético-MG tem características distintas às do jogador negociado com o Monaco, da França. “Tem todas as virtudes para executar sem bola as movimentações, não tão profundas quanto do Vagner Love, mas ele faz um pivô muito superior ao que o Love fazia”, revelou.
“Não com tanta mobilidade tal qual o Love, mas dentro das categorias físicas dele. Ele vem para o treinamento, ouve e executa. Não é um cara que ouve, entra de um lado e sai do outro. Ele tem essa sede do aprimorar”, completou.