Cristóvão Borges adotou, em sua segunda partida à frente do Corinthians, um 4-2-3-1 do qual não abriu mão desde então. De acordo com o técnico, o sistema de jogo é mais apropriado ao elenco atual alvinegro do que o 4-1-4-1 de Tite – algo que o próprio Tite já havia percebido, pouco antes de deixar o clube rumo à Seleção Brasileira.
“O Tite tentou reproduzir aquele time campeão brasileiro do ano passado, com jogadores em funções e posições parecidas. Mas, antes de eu chegar, ele mudou o sistema de jogo porque foi vendo que daquela maneira não iria se encaixar. Pelos jogadores que temos, esse atual sistema está funcionando melhor”, afirmou, em entrevista ao GloboEsporte.com.
A avaliação não foi feita em qualquer tom de desrespeito ao antecessor, ao qual sempre dirige elogios. Desde sua chegada, há um mês, o baiano teve constantemente o cuidado de exaltar o legado deixado pelo gaúcho, um dos treinadores mais vitoriosos da história do Corinthians.
“É uma substituição muito difícil de se fazer. Dar continuidade a um trabalho vitorioso tem um peso, não é fácil. E eu cheguei em uma sequência de jogos de quarta e domingo, com viagens. Mesmo assim, conseguimos bons resultados”, comentou Cristóvão, em mais uma entrevista na qual se viu obrigado a responder a perguntas referentes ao antecessor.
Ele já se acostumou. “Não me incomoda nem um pouco”, disse à Rádio Globo. “Tenho o maior prazer de falar sobre o Tite, porque é um grande representante da classe. Estava aqui e vi a homenagem que o Corinthians fez a ele contra o Botafogo. Aquilo é um momento muito importante para nós. Quando isso puder acontecer com mais clubes, a gente vai ter avançado bastante.”