O Corinthians entrou em campo na noite desta quarta-feira na Arena em Itaquera, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida, contra o Atlético-MG, foi a primeira após a definição da Conmebol, que ofereceu mais duas vagas ao Brasil na Copa Libertadores, transformando assim o G4 em G6.
Nem mesmo a esperança renovada na classificação para competição internacional, porém, foi capaz de mudar a baixa presença no novo estádio. O público, de 17.135 pagantes - novamente recorde negativo na Arena - assistiu a partida terminar em 0 a 0.
Com ou seu a Fiel, a equipe comandada por Carille tinha necessidade o terceiro colocado da competição para ficar vivo na briga pela vaga. Isso porque, mesmo desfalcado (com 10 atletas fora da equipe por lesão, suspensão e convocações), o Atlético-MG mostrou porque está na briga pelo título e entrou em campo com nomes como Robinho, Fred e Fábio Santos.
Para enfrentar essa equipe, o Timão apostou na manutenção do esquema tático e entrou em campo com Walter; Léo Príncipe, Yago, Fabián Balbuena e Guilherme Arana; Camacho; Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Rodriguinho e Marlone; Gustavo.
Primeiro tempo
A primeira etapa da partida começou equilibrada, mas com o Corinthians se mostrando um pouco melhor em casa. Familiarizado com o gramado, a equipe imprimia maior velocidade ao jogo mas chegou poucas vezes ao gol de Victor.
Gustavo, mais atuante na partida do que em suas primeiras participações, deu seu primeiro chute ao gol com a camisa alvinegra e chegou até a marcar na metade inicial do jogo. O gol, aos 23 minutos, acabou sendo anulado.
Embora o juiz tenha dado o tento, o bandeira Bruno Boschilia (sim, ele é primo daquele jogador do São Paulo de mesmo sobrenome, que se promovia ao xingar e provocar corinthianos em redes sociais) acabou anulando o lance. Segundo o assistente, Gustavo teria feito a falta durante a dividida.
Após o lance, o Atlético-MG puxa contra ataque com posição irregular, dessa vez não marcado. Na sequência, Yago não resistiu às dores e precisou ser substituído pelo zagueiro Pedro Henrique, que voltou a jogar após longo período em tratamento médico no Corinthians.
Com o zero a zero, pouca coisa aconteceu até o fim da etapa e as equipes foram para os vestiários com um empate sem gols.
Segundo tempo
O Corinthians voltou sem mudança para a segunda etapa, e embora tenha mostrado mais volume, chegou poucas vezes com perigo. As duas principais foram com Marlone, aos dois minutos e com Rodriguinho, aos 15 minutos.
No campo de defesa a equipe também não foi impecável, mas contou com Walter em grande fase, fazendo defesas seguras sobre as traves. Mesmo assim, o treinador preferiu mudar e continuar a busca pela vitória em casa.
Por isso, aos 23 minutos, Rildo entrou na vaga de Marlone, com o objetivo de imprimir maior velocidade ao ataque. E a mudança (quase!) funcionou. O jogador puxou um ataque na entrada da área e foi derrubado de forma desleal por Leandro Donizete, que acabou expulso aos 35 minutos - o atleticano já tinha amarelo, e já havia sido poupado da segunda advertência no primeiro tempo.
Com um homem a mais em campo, o Corinthians era só pressão nos minutos iniciais. O Atlético, entretanto, fechou o setor defensivo e tirou Robinho de campo para a entrada de Yago, e começou a jogar pelo empate. A única constância foi a arbitragem, que permaneceu omissa: aos 40 minutos, Rodriguinho sofreu uma falta dura na entrada da área, mas o árbitro Rodolpho Toski preferiu não marcar.
Aos 42 minutos, Carille ainda tentou a entrada de Lucca, nome pedido pela Fiel na Arena. Não houve tempo para que o atacante, que substituiu o lateral Léo Príncipe, pudesse mudar o placar. A partida terminou em 0 a 0 e o Timão perdeu mais uma chance de pontuar no Brasileirão.
O empate em São Paulo fez a equipe completar o sexto jogo sem vitória. Com a folga no final de semana, o próximo jogo do Corinthians acontece apenas no dia 12/10, contra o Santa Cruz na Arena Pantanal.