Há exatos 33 anos, no dia 14 de dezembro de 1983, o Corinthians sagrou-se Bicampeão Paulista, assim como na temporada anterior, mais uma vez sobre o rival São Paulo. Liderado pelo Doutor Sócrates, referência também fora dos gramados, o Timão fez valer o espirito de garra e determinação durante o período da Democracia Corinthiana, superando o adversário o fora de casa.
Se em 1982 o São Paulo era favorito, em 1983 a situação não se repetiu. O Corinthians manteve a base campeã no ano anterior e reforçou seu elenco nos pontos fracos, o que aumentava a expectativa pela segunda conquista em sequência. Outro fator que aumentou ainda mais a confiança no Timão, foi a eliminação do Palmeiras durante a fase de semifinal.
Depois de vencer pelo placar de 1 a 0 o jogo de ida da grande final, o Corinthians, a exemplo de 1982, entrou em campo com a vantagem no placar agregado. Em meio ao intenso equilíbrio entre as partes, o São Paulo assustou a Fiel ainda no primeiro tempo, com um gol que estava impedido e foi assinalado corretamente pela arbitragem.
Já na segunda etapa, com um panorama de jogo parecido, jogadas ofensivas e muita marcação para os dois lados, o nervosismo tomava conta da partida. Mas, aos 46 minutos da segunda etapa, Zenon protagoniza uma linda jogada na entrada da área e acha Sócrates, o Doutor ajeita e chuta forte, para estufar as redes são-paulinas e ampliar a vantagem do Timão na decisão, fazendo 1 a 0 no marcador e 2 a 0 na soma dos dois jogos.
O tento gerou a invasão de milhares de corinthianos no gramado para a comemoração, antes mesmo do árbitro decretar o fim da partida. Após minutos de paralisação, Dulcídio Wanderley Boschilia reinicia o duelo e o São Paulo ainda empata aos 48 minutos, porém o gol não foi o suficiente para tirar a alegria da Fiel, que comemorou a 19ª conquista estadual do Corinthians naquele dia.