O presidente do Corinthians Roberto de Andrade não acha que seja necessário uma ajuda de ex-diretores no momento atual do clube. Essa foi a justificativa para o mandatário recusar a proposta levada por Andrés Sanchez em uma reunião nesta segunda-feira.
Segundo o ex-diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg, todos os detalhes foram apresentados a Roberto, que preferiu seguir com suas escolhas no Corinthians.
"Infelizmente, o Roberto achou desnecessário esse esforço, vai continuar com as escolhas que ele privilegiar. Ele tem todo o direito de fazer isso, ele é o presidente do clube", declarou, em entrevista à Rádio Bradesco FM.
"Acho que é um momento da gente se unir. Lamentavelmente essa tentativa do Andrés não fortificou. O que ele tentou fazer foi, em função da gravidade da crise, da necessidade de gerar recursos, de recuperar a credibilidade do país, da nação corinthiana, ele tentou montar para o Roberto uma diretoria com nível de presidente. O que estamos fazer é dentro da legalidade, respeitando os estatutos do Corinthians", completou Rosenberg, explicando a proposta.
A união do grupo , que foi parte responsável pela reconstrução do Corinthians a partir de 2008, começou a ser discutida na última semana. Nesta segunda-feira, assim que Roberto de Andrade retornou das férias nos Estados Unidos, Andrés Sanchez se reuniu e apresentou o projeto para o mandatário .
"O Andrés esboçou uma solução que depende exclusivamente da aceitação pelo Roberto. Foi pegar dentro da trajetória recente do Corinthians as pessoas que mais se destacaram como profissionais. O Raul na área financeira, ele (Sanchez) assumiria o próprio futebol. A gente teria o André Negão como um grande administrador interno do Parque São Jorge. Me pediram para cuidar do marketing e do estádio, e fazer uma união, um governo partilhado, mas que teria como pré-condição o que for desejado pelo Roberto. Essa foi a proposta que o Andrés levou", detalhou Rosenberg.
O ex-diretor ainda falou sobre os aprendizados do grupo após a queda para a Série B. Segundo ele, a crise dos dias atuais não pode ser comparada a daqueles anos.
"Te garanto que a crise desse ano no Corinthians é muito menor que a de 2007. essa equipe está muito mais treinada, está muito mais capacitada, do que quando assumimos em 2007. Já aprendemos tudo o que foi feito de errado desde então e não precisa repetir. Eu acho que daria para, começando agora, quando chegasse a eleição, no começo do ano que vem, um novo presidente, seja ele quem for, receberia um clube já bem direcionado para a trajetória que ele estava quando foi campeão do mundo. Acima de tudo tem o estatuto, se o presidente não quer, não quer...", finalizou.