Integrado ao elenco da Ponte Preta , o meia Matheus Cassini, de 20 anos, revelado pelo Corinthians, voltou a explicar os motivos que o fizeram escolher pela Europa tão cedo. Segundo o jogador, que descarta ter se arrependido de trocar o Timão pelo Palermo, da Itália, há cerca de dois anos, más influências foram determinantes para sua transferência naquela ocasião.
"Tudo tem o seu tempo, o seu momento. Por isso, acho que a minha saída do Brasil foi muito precipitada. Eu fui muito mal orientado. Era apenas um menino", afirmou Cassini em entrevista à Rádio Jovem Pan. "Mas não vou dizer que me arrependi, porque tudo serviu de lição para mim. Agora, estou tendo a oportunidade de voltar a vestir a camisa de um clube grande, que é a Ponte Preta. Não vejo a hora de jogar e mostrar o meu potencial".
Cassini foi protagonista do Corinthians no título da Copa São Paulo de Futebol Júnior-2015. Camisa 10, não demorou a chamar atenção de times médios do futebol europeu. O problema, no entanto, é que o armador deixou o clube paulista sem sequer fazer sua estreia como profissional. Hoje na Ponte Preta, ele fala em aprendizado.
"Tive momentos bons e ruins. Mas, como um todo, foi uma experiência muito legal, enriquecedora. Eu aprendi muito", comenta. "No meu modo de ver, voltar ao Brasil para jogar na Ponte não é um passo para trás, mas um passo à frente na minha carreira".
Matheus foi vendido ao Palermo em julho de 2015 por R$ 5,1 milhões. Apesar de ser o responsável pela formação do jogador, o Timão teve direito a somente 70% da quantia (aproximadamente de R$ 3,6 milhões). Mesmo promissor, o talentoso meia não recebeu oportunidades na equipe italiana e acabou emprestado a Inter Zapresic, da Croácia, e Siracusa, que disputa a terceira divisão italiana .
"O problema não foi nem a parte dentro de campo. As coisas eram meio conturbadas comigo. Não quero expor muito. Hoje, é vida nova aqui na Ponte", desconversou. "Agradeço pelo voto de confiança. A Ponte é um time de tradição, que todo mundo conhece. É lógico que o sonho de todo jogador brasileiro é atuar em um Barcelona, Real Madrid... Mas tudo tem a sua hora certa", concluiu.