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Fabiana é torcedora do Corinthians e escreveu sobre isso no Dia das Mulheres

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O dia delas!

'Ninguém melhor do que nós pra falar de você, mulher corinthiana', por Fabiana Andrade

Por Fabiana Andrade Monteiro

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"E já que temos um dia nosso, porque não escutar a nossa voz, o nosso grito na torcida, a nossa força na bancada, o nosso apoio dentro e fora de campo?

90 minutos?

Nós vamos muito mais além disso, pra ser uma torcedora corintiana, enfrentamos barreiras, preconceitos, criticas e olhares reprovadores, dentro e fora dos Estádios. Somos loucas, mas não a do bando de loucos, e sim aquelas que saem da zona de conforto do sofá, enfrentamos caravanas, empurramos durante o jogo, entendemos sim de futebol, não estamos lá para enfeitar a arquibancada, muito menos ver as pernas dos jogadores, vamos fazer parte da torcida, do espetáculo que rola durante os 90 minutos... E mesmo assim somos questionadas o tempo todo.

Já ouvi absurdos por estar no Rio de Janeiro pra apoiar o Coringão, disseram que não era pra estar lá, que era perigoso, que lugar de mulher era em casa, e até de Maria Chuteira nos chamaram, ué se eles podem, por que eu não? Paguei meu ingresso, minha passagem... tenho os mesmos direitos.

Aí da mulher que entra em roda de conversa ou discussão sobre o futebol, ela com certeza irá passar por um verdadeiro vestibular com tantas perguntas sobre tudo que se possa imaginar ou não sobre o time, temos que provar constantemente o nosso conhecimento, nos testam, nos subestimam, mas provar o que? Pra quem?

Somos Corinthians queridos, aceitem!

É claro que não posso generalizar, afinal somos uma nação de mais de 30 milhões de loucos... Quantas e quantas vezes me ajudaram a subir o tobogã com meu filho pequeno no colo... “Oh a mina passando, dá licença pra ela fiel...”, é claro que não queremos ser protegidas, queremos ter o direito de torcer da maneira como bem entendermos.

Não somos musas, somos torcedoras, maloqueiras, loucas, somos mulheres, estamos lutando por nosso espaço dentro desse mundo da bola.

Oras, se incomodamos, preparem-se vamos incomodar muito mais! Somos valentes e guerreiras, temos como referência Tia Geni, Dona Aurélia, Marlene Matheus a primeira presidente eleita de um clube no Brasil e a inspiradora Dona Elisa, que se tornou torcedora símbolo do Corinthians, onde o Corinthians estava lá estava Elisa com sua bandeira branca em mãos, apoiando, abençoando e jamais criticando o time alvinegro. Penso no que essas mulheres já enfrentaram, em uma época que futebol feminino era proibido até por lei, elas eram símbolo de resistência dentro e fora de campo. E hoje são as minhas inspirações como torcedora, como mãe e como mulher!

Fabiana Andrade Monteiro, uma corinthiana no mundo."

“Mulher, mulher, mulher, quem te viu e quem te vê...
O que embaça se perdeu virou fumaça, liberdade pra você!"

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