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Gustagol no dia 3 de setembro de 2016, na apresentação oficial no Corinthians, com Eduardo Ferreira, diretor de futebol do clube

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

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Histórias das duas passagens

Prisão do pai, compra de mais % e outras cinco histórias de bastidores de Gustagol no Corinthians

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Autor de três dos quatro gols do Corinthians em 2019, Gustavo, o Gustagol, é o maior destaque do elenco alvinegro no início desta temporada. Algo inimaginável após aquela passagem apagada na reta final de 2016, quando atuou em nove jogos, não balançou a rede e se queimou com a torcida.

Porém essa "evolução absurda", como resumiu o técnico Fábio Carille, só foi possível depois de bastidores que envolvem outros dois clubes (Criciúma e Taboão da Serra), dirigentes dos mais diversos, além de imposição e pressão do próprio centroavante para vingar no Parque São Jorge.

A reportagem do Meu Timão foi atrás de algumas dessas histórias que marcam a primeira e a segunda passagem de Gustagol ao Corinthians. Leia abaixo!

Gustagol estava no Criciúma antes de vir ao Corinthians

Divulgação/Criciúma

Criciúma, 'não' presidencial e jogador decisivo

Agosto de 2016. Gustagol, então com 22 anos, era o artilheiro da Série B com 11 gols. Jaime Dal Farra, então presidente do Criciúma, não queria liberá-lo. Numa reunião na sede do clube, o centroavante chegou a levantar a voz para deixar claro que seu desejo era se transferir. A postura intransigente do dirigente do Tigre, após aquela reação do jogador, foi outra após aquela reunião.

Palmeiras de olho e ida às pressas até Criciúma

Perto de fechar, mas ainda sem acordo definitivo, o Corinthians soube que o Palmeiras tentava atravessar nos bastidores. Para não perder o jogador, o diretor-adjunto de futebol, Eduardo Ferreira, pegou um avião e foi às pressas para Criciúma. A intenção era se impôr como pretendente que chegou antes, além de colocar no papel tudo que estava acordado. O dirigente voltou a São Paulo com tudo resolvido e a aquisição confirmada.

10% a mais dos direitos econômicos

O Corinthians compraria apenas 35% dos 70% dos direitos econômicos que pertenciam ao Criciúma, por R$ 3 milhões. Mas acabou com mais 10%, comprados por R$ 1 milhão de um grupo de empresários. A divisão dos direitos econômicos do centroavante, então, ficou da seguinte forma: 45% (Corinthians), 35% (Criciúma) e 20% (Taboão da Serra) - clube da terceira divisão paulista. O Timão detém também os direitos federativos;

Tensão e apoio após a prisão do pai

Em abril do ano passado, já emprestado ao Fortaleza, Gustagol se viu numa situação bastante complicada: seu Aloisio Antonio, de 43 anos, acabara de ser preso com 15 quilos de maconha na cidade de Registro, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo. O baque foi grande, mas nada que surpreendesse ao jogador, ciente da vida escolhida pelo pai. Rogério Ceni pediu que o jogador tentasse se desligar, mantendo a cabeça focada na sua carreira.

Pressão do Toboão para vender

Gustagol teve duas ofertas na virada deste ano. Uma da primeira divisão da Turquia e outra da segunda divisão da China. O Toboão da Serra se viu com a chance de obter um bom dinheiro para seus padrões de gastos e receitas. Seus dirigentes fizeram de tudo para que o centroavante aceitasse a oferta, mas o Corinthians foi irredutível e não quis liberá-lo.

Gustagol fez três dos quatro gols do Corinthians nesta temporada

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Tentativa de obter mais 20%

Os dirigentes do Corinthians e o Taboão da Serra negociam nos bastidores a compra dos 20% dos direitos econômicos que pertencem ao pequeno clube da terceira divisão paulista. Os valores são desconhecidos, mas a intenção do Timão é a de chegar aos 65% dos direitos econômicos do centroavante, hoje com 24 anos. Valorizado após esse início de três gols em quatro jogos, a tendência é de que o valor pedido pelo Toboão seja maior do que anteriormente.

Mea-culpa

Os dirigentes do Corinthians já conversam com Gustagol sobre a primeira passagem, bastante atribulada. O papo foi no sentindo de que a diretoria na época também errou ao colocá-lo como solução para um momento complicado da equipe, que despencava no segundo turno do Brasileirão.

Veja mais em: Gustavo e Diretoria do Corinthians.

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