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Luxemburgo conquistou dois títulos pelo Corinthians: Brasileiro de 98 e o Paulista de 2001

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'Vanguarda'

Após 18 anos, Ricardinho e Luxemburgo justificam ponto eletrônico em semifinal Corinthians x Santos

Por Meu Timão

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Corinthians e Santos se enfrentam na noite desta segunda-feira, a partir das 20h, no estádio do Pacaembu, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Paulista. As equipes voltam a decidir vaga numa final de Estadual após 18 anos. É a maioridade de um dos mais inusitados momentos da história do clássico alvinegro: o ponto eletrônico do "profexô".

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Em entrevistas concedidas ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, dois dos protagonistas daquela epopeia falaram sobre a estratégia um tanto quanto futurista para a época. Ricardinho, autor do gol histórico da classificação corinthiana no último lance, foi um dos escolhidos pelo técnico Vanderlei Luxemburgo para utilizar o tal ponto eletrônico.

"Foi ideia do Vanderlei Luxemburgo (...) A orientação e o combinado era o Vanderlei só falar com a gente (o goleiro Maurício também usou o ponto) quando a bola estivesse parada: 'Avisa o pessoal pra atacar a bola', 'Vamos fazer a linha de marcação', 'Atenção com a bola no segundo pau deles', 'Atenção, o meia deles toda hora está entrando na nossa defesa', entendeu?", explicou Ricardinho.

Ao falar sobre o tema, Vanderlei Luxemburgo, sem clube desde 2017, esbanjou orgulho. Em época de adaptação da arbitragem de vídeo ao futebol mundial, o treinador de 66 anos de idade se classificou como uma espécie de visionário a respeito do uso de tecnologia no futebol.

"É uma satisfação muito grande pra mim falar do ponto eletrônico. Acho que é uma coisa que vai chegar ao futebol brasileiro ainda, e já era pra ter chegado há muito tempo no futebol mundial, porque vai ajudar muito a comunicação do treinador com os jogadores. E eu sempre quis trazer coisas novas para o futebol", argumentou.

"Quando pensei em colocar o Ricardinho, que era um jogador muito tático e inteligente, com o ponto, era para mostrar que o futebol precisa de uma comunicação maior direta do técnico com o campo, o que não existe até hoje ainda. Você só se comunica com os atletas por alguns minutos no intervalo. Acho que agora, com uma série de novas tecnologias, a Fifa deveria se abrir para isso e permitir o uso do ponto eletrônico. Como já permite, por exemplo, o uso de rádio por um auxiliar, outra novidade também que eu criei", acrescentou.

Obviamente, não foi o ponto eletrônico quem fez fila pela esquerda nas proximidades da grande área do Santos (alô, Gil!). Também não foi ele quem deu corta-luz na meia-lua (salve, Marcelinho!). Muito menos quem acertou um chutaço indefensável para Fábio Costa (grande Ricardinho!). Mas que ajudou ao longo da decisiva partida... Ah, ajudou!

"O ponto foi muito importante naquela decisão. Não vou dizer que foi por causa do ponto que a gente eliminou o Santos, mas com certeza teve contribuição, porque a velocidade da informação, de você poder ajeitar o posicionamento do companheiro, de uma cobertura, até de o time sair um pouco mais se está muito atrás, essa rapidez da informação ajudou muito naquele jogo", descreveu Ricardinho, autor do gol salvador daquela vitória de 2 a 1.

A notícia sobre a utilização do ponto eletrônico por parte dos corinthianos Ricardinho e Maurício (goleiro do Timão) somente tornou-se pública dias depois do clássico. Estratégia inusitada e inédita até então, gerou revolta entre os santistas na época...

"A repercussão que teve é que o pessoal do Santos, dias depois, queria até me prender (risos) por causa do tal do ponto eletrônico. Foi descoberto porque alguém falou, o Mauro Naves, repórter rápido no gatilho, com bastante conhecimento e informação, descobriu, falaram pra ele que nós tínhamos usado o equipamento naqueles jogos. Mas sobre as pancadas que tomei, as pessoas não conseguem entender que é vanguarda, tecnologia, avanço, e as pessoas são muito presas, não deixam as coisas avançarem. Agi com muita naturalidade naquela época, consultei a Fifa, não havia impedimento nenhum, e eu fiz", discorre Luxemburgo, novamente cheio de orgulho.

"É uma coisa boa, muito bem usada, a gente só usava quando a bola estava parada. Como falei, logo vai ser permitido, como aconteceu com o rádio e outras coisas que eu trouxe para o futebol", projetou. Ou melhor: pôjetou.

Veja mais em: Corinthians x Santos, Ex-jogadores do Corinthians, Ídolos do Corinthians e Jogos Históricos.

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