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Felipe se mostrou disposto a abrir mão de luvas para deixar clube; Andrés pode negociar

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Felipe discute com Andrés na TV e combina fim de contrato

Por Meu Timão

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O goleiro Felipe convocou entrevista nesta quarta-feira para anunciar sua situação junto ao Corinthians. No entanto, o camisa 1 do clube reservou boa parte de suas declarações para depois da coletiva, quando conversou de forma ríspida com o presidente Andrés Sanches, em contato com a TV Bandeirantes por quase uma hora.

Inicialmente, em tom tranquilo, Felipe disse que não sabia qual era a ideia da diretoria sobre seu destino. "Apareceu uma (proposta), e o presidente falou que meu empresário tinha que ir (ao clube) de manhã para assinar o documento. Depois voltou atrás. A gente não sabe o que se passa na cabeça da diretoria", disse Felipe, que afirmou também sempre teve uma boa relação com a cúpula corintiana, "mas ele é o presidente do clube e a gente fica sem entender algumas atitudes".

Andrés não gostou das declarações. Ainda que aberto ao diálogo com o jogador, o presidente corintiano conversou por telefone ao vivo, e retrucou o goleiro - segundo o dirigente, em sinal de respeito, "o único jogador que veio na minha sala em dois anos e meio".

"Não tenho problema nenhum com ele. Mas vamos deixar as coisas bem claras: eu estava na África em 22 de junho; o Bruno (Paiva, um dos empresários de Felipe) me ligou e disse que tinha proposta do Genoa. Falei para procurar o treinador e o (diretor de futebol) Mário Gobbi", contou Andrés, segundo o qual Mano Menezes e o dirigente teriam pedido a permanência do goleiro.

Apesar do contato de Bruno Paiva, o presidente do Corinthians disse que não chegou a receber uma proposta oficial do Genoa, e nem uma posterior do Sporting Braga. Mesmo assim, segundo Andrés, se o goleiro quisesse sair para tentar a sorte na Europa, bastaria devolver o percentual de luvas já recebido: R$ 700 mil - o dirigente admitiu ainda que parte da quantia, paga antecipadamente para que o jogador renove, precisa ser quitada com o goleiro.

Além disso, Felipe ainda precisa convencer o Bragantino, detentor de 25% dos direitos do goleiro, a liberar o jogador sem custos. "Eu não quero mágoa dele, mas ele tem que saber que existe regra, existe coisa a ser cumprida. Ele não diz tudo que realmente aconteceu. Era realmente uma proposta irrecusável. Tenho 50% dele e tem 25% do Bragantino. Para ele rescindir, tem que ter o aval do Bragantino. Eles vão cobrar de mim, não do Felipe. Eu não posso pagar pra ele para ir embora. Prefiro pagar para ele treinar, porque ele pode voltar", detalhou ainda, fazendo referência à proposta que não foi oficial.

O presidente corintiano explicou ainda que a saída de Felipe não se concretizou "por mil motivos", e que o atleta treinaria em separado, com a possibilidade de ser reintegrado. "Felipe é um jogador que pode jogar no Corinthians ainda, mas que precisa buscar seu espaço", afirmou.

Felipe, com contrato até o final de 2011, passou longos minutos em silêncio. Porém, mediante as declarações de seu chefe, retrucou. Primeiro, negou que sua permanência tivesse sido pedida. "Ele tem que conversar com o Mário Gobbi. O que me foi passado é que eu não faço parte do elenco. Mas senhor é o presidente, fala mais alto", disse Felipe, que alega ter sido orientado por Gobbi a rescindir e sair do clube sem receber.

Mais tarde, o jogador adotou um tom ainda mais sério e disse que poderia abrir mão dos R$ 700 mil que recebeu e do restante das parcelas que tem a receber para ser liberado. "Eu abro mão de tudo, você me libera agora?", perguntou. "Então está liberado", respondeu o dirigente, pouco disposto a blefar.

Ao fim do diálogo, Felipe pediu para conversar com Andrés no Corinthians nesta quarta-feira. "Eu posso ir ai hoje resolver?", perguntou. Mediante resposta afirmativa, encerrou a conversa - pelo menos em um primeiro momento.

Fim do diálogo: sem clima

Minutos mais tarde, com mais declarações de Andrés, Felipe voltou a entrar no ar. Negou que tivesse se despedido dos jogadores e afirmou não ter interesse em ficar "quatro ou cinco meses" sem jogar. "Depois de tudo que foi criado, você acha que eu tenho clima para ficar?"

Andrés reiterou que não está disposto a pagar para que o jogador deixe o Parque São Jorge. Irredutível, o goleiro concordou. "Não precisa liberar. Eu saio sem nada. Posso sair daqui e ir para aí? Saio daí sem nada", argumentou novamente, praticamente encerrando sua trajetória.

Fonte: Terra

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