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Atacante Millene retornou ao Corinthians após o surto do coronavírus na China

Divulgação / Agência Corinthians

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Situação delicada

De volta ao Corinthians, atacante Millene relata dificuldade vivida na China: 'Não saía de casa'

Por Giovana Duarte e Vitor Chicarolli, no CT Joaquim Grava

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Nesta segunda-feira, o Corinthians apresentou oficialmente a atacante Millene . A jogadora, que tinha se transferido ao futebol chinês, chega por empréstimo até o meio do ano após o surto do coronavírus no país asiático. Em coletiva no CT Joaquim Grava, Millene compartilhou a dificuldade que passou na China assim que chegou no país.

"Cheguei no dia 16 de janeiro e logo depois de cinco dias teve a notícia da paralisação no futebol chinês. A partir dali eu não sai mais. Foram dias que tive que me privar e fazer todo protocolo necessário, para saber se estava apta para treinos e jogos. Passar dias treinando dentro do apartamento e no hospital... passa um filme na cabeça. Tive uma temporada de muitas glórias ano passado, e me deparar treinando num corredor de hospital não foi fácil, passou um filme na cabeça. Estou feliz que ocorreu tudo bem e apta para treinar e jogar. Estou ansiosa para voltar ao campo", contou a atacante.

Artilheira do Corinthians na temporada 2019, Millene foi contratada pelo Wuhan Xinjiyuan e teve de pedir ajuda para as autoridades brasileiras para deixar a cidade de Wuhan, local mais atingido pelo coronavírus.

"Os primeiros dias eu não tinha noção do que estava acontecendo. A partir do momento que começamos a acompanhar os noticiários, era praticamente uma cidade fantasma... E a preocupação começou a aumentar. Entramos em contato com a embaixada brasileira, para saber a oportunidade de tirar os brasileiros da cidade. Não foi fácil. Me reuni com minha assessoria para fazer um vídeo pedindo ajuda, e ajuda naquele momento era muito necessário", relatou.

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Com a recomendação de não sair de casa, a jogadora explicou que o apoio da equipe chinesa foi fundamental para conseguir se manter no país. Millene, inclusive, deixou claro que pretende voltar ao país para cumprir o contrato com o Wuhan.

"Sim, o clube mostrou total preocupação. Eu fui pra jogar, mas não foi o que aconteceu. Não é culpa deles. Mas o clube me deu todo retorno, demonstrou preocupação, fizeram tudo que era possível. Perguntavam, me ligavam para saber se precisava de algo. E sempre que precisava de algo um rapaz do clube ia até meu apartamento me entregar. Até mesmo na minha saída, com o acordo que foi feito, o clube me deu todo retorno positivo que precisava", disse Millene.

"Sem dúvidas (pensa em voltar para a China), tenho contrato de dois anos. O que conversamos é que eu volto quando tudo tivesse tranquilo, com ligas e jogos rolando normalmente", esclareceu.

Millene ainda disse que tem mantido contato com o Wuhan Xinjiyuan por mensagem e que o medo é o sentimento predominante no país. Por esse motivo, inclusive, muitas pessoas estão tentando sair da China.

"O contato (com o pessoal da China) eu tenho por mensagem. Não conheci os brasileiros que estavam na minha cidade, estavam todos com a mesma preocupação. Dá bastante medo. Até porque a gente não pode sair, uma pessoa do lado pode te contaminar. Por isso acho que todos desejam deixar a China neste momento. Contato com o povo de lá eu não tenho, é mais por mensagem", finalizou.

Veja mais em: Corinthians feminino e Pandemia do coronavírus.

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