A rápida contaminação do novo coronavírus impacta a sociedade mundial e muda a rotina de diversos atletas. Em entrevista concedida ao Meu Timão, o ex-corinthiano Jô, que atualmente defende o Nagoya Grampus, contou que a situação da pandemia no Japão é bem diferente do Brasil.
Além de falar sobre as competições locais, o atacante explicou que os japoneses costumam se prevenir contra doenças ao longo do ano e confessou que a rotina da região em que reside pouco foi afetada. Até o momento, cabe destacar, o país asiático registra cerca de 90 mortes e menos de quatro mil infectados.
"Claro que ficamos um pouco assustado aqui no Japão, mas a sociedade japonesa já tenta se precaver de qualquer tipo de vírus diariamente, tanto que o ano inteiro eles andam com máscaras. É normal esse cuidado que está tendo. Há algo crítico, mas eles não transparecem essa situação. Já é do japonês ser mais reservado e precavido. Não transparecem tanta coisa que vem acontecendo. Temos uma rotina dentro da normalidade, tudo funciona normalmente. Claro que o fluxo de carro e pessoas na rua diminuíram, mas segue normalmente. Estou com minha esposa aqui, ela segue indo na academia e eu indo aos treinamentos. Tudo dentro da normalidade, mas sempre seguindo as normas de prevenção, que é lavar as mãos e procurar ficar o maior tempo dentro de casa. Aqui ainda é uma situação que não transparece tanto esse estado de emergência", detalhou.
"O campeonato local está suspenso. Jogamos a primeira rodada, que eu não joguei, pois estava com problema no joelho. Depois dali aconteceu esse surto todo e o campeonato foi adiado para o fim de março. Passou um tempo e adiaram para maio", completou em seguida.
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Ídolo do Corinthians, Jô também admitiu que é bastante tietado por torcedores locais. Questionado sobre a adaptação ao Japão, o jogador de 33 anos detalhou sua rotina e reforçou que encontra corinthianos que pedem seu retorno ao clube do Parque São Jorge.
"Apesar de ter muitos brasileiros, eu procuro sair pouco, faço programas familiares. Atualmente meus filhos estão no Brasil pela questão do coronavírus e aqui procuro fazer um programa com minha esposa, como ir ao restaurante e passeios mais simples. Sempre encontro brasileiros que pedem para eu voltar, principalmente com corinthianos. O carinho é muito grande, agradeço a todos os corinthianos pelo respeito. É um carinho muito grande que sinto por eles", pontuou.
"Pelo povo japonês ter uma disciplina maior, o assédio acontece com uma cautela maior. É bem menos que no Brasil, mas o reconhecimento ainda existe e é gratificante. É uma vida bem tranquila", concluiu.