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Marcelinho relembrou gol marcante contra o rival, em 1995

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O primeiro nos caras

Marcelinho escolhe gol em rival como momento mais marcante com a camisa do Corinthians

Por Meu Timão

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Tido como um dos maiores ídolos do Corinthians, Marcelinho acumula números absurdos pelo clube. 433 jogos, 206 gols, 271 vitórias, dez títulos... Não faltam marcas. No meio disso tudo, então, é difícil escolher um momento mais marcante, certo? Errado! Questionado por um torcedor durante live beneficente do Timão nesta quinta-feira, Pé de Anjo não teve dúvida para responder.

"Foi meu primeiro gol em cima dos caras. Em cima do maior rival (Palmeiras). 2 de abril de 1995, no Pacaembu. Por que isso? Em 1994 inteiro, eu fazia gol no Santos, no São Paulo, na Portuguesa, mas eu não fazia gol nos caras. Eu ia em shopping e os torcedores falavam 'não adianta, você tem que fazer gol neles'. E aí vem aquele gol, a falta de longa distância", relembra - assista o gol abaixo.

"O lance foi inusitado porque o Roberto Carlos chegou e perguntou se eu ia chutar dali. Eu respondi que sim e ele disse 'daí só eu, meu amigo'. Quando eu olhei para o banco, o treinador Eduardo Amorim também fez gestos negativos, que estava muito longe. Eu pensei só em acertar o gol, não mirei o ângulo nem p*** nenhuma", completa.

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Depois do gol, Marcelinho extravasou: quebrou a bandeira de escanteio, chorou, rasgou a camisa. Foi, de fato, um completo desabafo. Por tudo isso, o gol é ainda mais especial para o Pé de Anjo, que lembra tudo que envolveu aquele tento inesquecível marcado contra o Palmeiras.

"No primeiro tempo, eu fui dar um passe para o Vitor e o Roberto Carlos roubou a bola e fez o gol. Eu não tinha feito gol neles, a culpa de estar perdendo era minha... No fim do primeiro tempo eu vi um tumulto nas cadeiras, onde minha família sempre ficava. Eu pensei logo que tinham ido para cima da família. No vestiário eu fui no banheiro, fechei a porta e brinco até hoje que orei mais que Abraão, Isaac e Jacó junto. Passou seis minutos o Ronaldo bateu na porta e mandou abrir. Ele falou 'tu tá com medo, p****? Tu é o craque do nosso time vai decidir o jogo'. Aí ele me botou no meio de todo mundo e disse 'ele errou passe, sabe que a culpa é dele, mas vai dar a vitória para a gente'", relembrou o ex-camisa 7.

"As palavras dele fomentaram a vontade de querer mostrar para a torcida que eu tinha talento, que eu sabia fazer gol de falta. Aí eu dei um três dedos, a bola foi na gaveta. Chorei, gritei, rasguei a camisa e quebrei a bandeira. Faltando um minutinho, o Tupã abre a perna, o gol aberto e eu cravo. Os dois primeiros gols. E eu vou correndo abraçar o Ronaldo, chorando, gritando, agradecendo. Desse jogo em diante, identificação com o torcedor... Foi um giro de 180 graus", acrescentou.

Logo após a partida, inclusive, Marcelinho viu que o gol foi ainda mais importante do que ele pensava. O ídolo alvinegro entendeu isso ao perguntar para o seu pai sobre o tumulto na arquibancada no fim do primeiro tempo.

"Ele contou que disseram 'se esse neguinho não fizer gol e vencer esse jogo, você pode levar ele de volta para o Rio de Janeiro que a gente não quer nem saber mais'. Jogar no Corinthians é isso. Os dois extremos. Fui do inferno ao céu. Isso me deu equilíbrio e tranquilidade para seguir toda a carreira vitoriosa no Corinthians e poder chegar no Roberto Carlos depois do jogo e falar 'irmão, dali? Você e eu'", finalizou.

Relembre o gol escolhido por Marcelinho

Veja mais em: Ídolos do Corinthians.

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