Quem acompanhou o título do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, credita a conquista a uma mudança chave na equipe: a entrada de Luan. Responsável pela alteração, o técnico Rogério Micale não esquece da importância do atleta naquela campanha e, quatro anos depois, tenta o ajudar no Corinthians, mandando dicas para Tiago Nunes tirar o melhor do camisa 7.
"Luan é um jogador que o europeu não gosta muito; ele joga solto. É um bom 'peladeiro', na melhor definição da palavra. Ele é um cara que sempre cria superioridade numérica em todos os setores do campo; os europeus gostam mais de um jogo posicional, sem tanta liberdade. Luan gosta de estar perto da bola. Na hora que pegar um grupo e encaixar, é um grande jogador", destacou o treinador, em entrevista ao UOL Esporte.
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Além do importante conselho de "soltar" Luan no esquema do Corinthians, Micale o defendeu das pesadas críticas em torno de sua irregularidade. Para o ex-comandante da Seleção Brasileira Olímpica, é preciso entender o lado humano do atleta.
"Luan criou uma expectativa nas pessoas de sempre estar bem, mas não é uma máquina. É ser humano. Se fosse máquina, você programaria para trabalhar no mesmo nível 24h nos 365 dias do ano e iria funcionar. Luan é um ser humano, sujeito a lesões e problemas particulares", ressaltou.
"Luan tem um potencial enorme e uma hora vai voltar a jogar, tomara que seja o mais rápido possível. É muita qualidade", concluiu.
Mesmo com toda a cobrança da torcida do Corinthians, Luan é vice-artilheiro da equipe na temporada, com cinco gols, e segue como titular absoluto na escalação de Tiago Nunes. Nesse ano, cabe destacar, ele já atuou como meia central e também caiu pelos lados do campo com o comandante.