Por conta do rebaixamento, a torcida do Corinthians não costuma fazer questão de lembrar o ao de 2007. Apesar da tristeza dentro das quatro linhas, porém, aquela temporada tem algumas boas histórias fora de campo. É o caso da contratação de Everton Costa.
Destaque do Bragantino no Paulistão, o atacante tinha tudo certo com o Palmeiras antes de o Timão atravessar a negociação e levá-lo ao Parque São Jorge. Quem relembra é o próprio atacante, que recebeu uma ligação do seu empresário enquanto estava em casa, em São José dos Campos.
"Ele me disse: ‘Pega um táxi agora e vem para São Paulo’. Fiquei meio chocado porque ia ficar muito caro, mas fui mesmo assim. Cheguei de madrugada em um hotel na Avenida Paulista e fizemos uma reunião com o pessoal do Corinthians. Um diretor me chamou de canto e perguntou: ‘Quanto você quer ganhar?’ Eu não tinha noção e joguei o valor lá no alto com cinco anos de contrato. Eu fiquei sentado lá fora enquanto meu empresário bateu o martelo", contou ao ESPN.com.br.
“O Toninho Cecílio (diretor do Palmeiras) ficou louco atrás do meu advogado quando soube que eu tinha fechado com o Corinthians na madrugada. Quando eu fui para São Paulo eu não sabia da situação do Palmeiras (tinham fechado pouco antes). Só soube disso um tempo depois. Acho que faltou comunicação. Meus empresários me poupavam bastante porque eu era novo e tinham muitas situações. Eu não tinha culpa de nada. O que pesou foi em termos de salário e o tempo de contrato”, completou.
O esforço alvinegro para contar com o atleta acabou não sendo correspondido dentro de campo. Para ele, o momento delicado do Corinthians atrapalhou, ainda mais após a saída de Willian, com quem se enxergava fazendo boa dupla.
“Eu sinto muito que cheguei ao Corinthians no momento errado, era muito difícil. Eu vinha me dando muito bem com o Willian, que já era acima da média. Ele fez muita falta para nós”, relembra.
"O treinador perdeu a mão e fomos caindo. Eu me contundi no ombro e precisei operar e perdi o final da temporada”, concluiu.
Ao todo, Everton Santos fez apenas 25 jogos pela equipe, com um único gol marcado. Depois disso, rumou ao Paris Saint Germain e rodou por vários clubes até chegar ao Figueirense, onde está atualmente.