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Ex-dirigente deu alternativa para Corinthians tentar vender os naming rights na pandemia

Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

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Ex-dirigente do Corinthians justifica fracasso na venda de naming rights e aponta chance na pandemia

Por Meu Timão

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Antes mesmo de sua inauguração, a Arena Corinthians tinha enorme expectativa da diretoria e da torcida pela venda dos naming rights. Seis anos se passaram e nenhuma empresa chegou a acordo para dar seu nome ao estádio. Superintendente de marketing na época, Gustavo Herbetta lembrou motivos pelo fracasso das negociações.

"Tem uns seis fatores para não ter dado certo, apesar de todos os estudos que fizemos quando estive lá. A crise econômica brasileira, a crise de reputação do futebol mundial. Aí a gente tinha uma crise de reputação local, de lava jato, de Odebrecht, de Arena Corinthians quase sempre sendo veiculada com algum tipo de problema. Teve a perda da janela comercial mais apropriada para a venda, que é entre a construção e a inauguração. Passar essas barreiras, é praticamente impossível", pontuou, ao UOL Esporte.

Apesar do insucesso de outrora, o ex-dirigente acredita que a pandemia do novo coronavírus pode abrir uma porta para o Timão. Isso porque o Barcelona apostou na venda de naming rights voltado para causas sociais - o contrato é válido por uma temporada e o valor será destinado para combater os efeitos da pandemia.

"Eu acredito que, ao trazer uma causa social por trás dessa parceria, o clube vai convencer a marca a ficar por mais tempo. Seis meses depois, você já tem argumentos: 'olha o retorno que você está tendo, vai sair por quê?' O parceiro pode responder: 'mas as pessoas não adotaram o nome'. Mais um motivo para você ficar mais tempo", explicou.

"Seria como se o Corinthians chegasse para a Nike no primeiro ano da arena e falasse: 'você vai ter por um ano o nome do estádio'. Depois, você chegaria para as empresas e falaria: 'foi um teste, temos dados, demos tanto de retorno, fizemos essas ativações… Ficaria muito mais fácil do que você fazer uma apresentação para tentar convencer alguém a investir mais de R$ 300 milhões numa coisa que ele não sabe qual é o retorno", completou.

Além da medida social, Herbetta ressaltou que o clube tem de oferecer mais do que o nome do estádio, dando também espaço físico para o parceiro trabalhar dentro da Casa do Povo.

"Quer um exemplo? Eu pego um atacadão e ofereço pra ele (além do nome) um ponto de venda na Arena Corinthians. Eu tenho terreno, eu tenho espaço, sobrando, tenho estacionamento. Dou um setor do estádio para ele fazer um rodízio de nome entre os parceiros dele. É clichê, mas é verdade. Na crise tem muita oportunidade. Esse é o momento de fazer alguma coisa diferente", finalizou.

Veja mais em: Arena Corinthians.

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