Na tarde desta quinta-feira, o Corinthians apresentou o novo gerente das categorias de base do clube, Carlos Brazil. O dirigente concedeu entrevista coletiva, no CT Joaquim Grava, e falou sobre a transição de jogadores da base para o profissional.
O novo gerente quer o Corinthians protagonista na base, com o principal objetivo de formar bons jogadores para o profissional e, como consequência de um bom trabalho, disputar títulos nas categorias.
"O objetivo principal é revelar jogadores para a equipe principal para que o Corinthians tenha um retorno técnico e financeiro, mas a gente tem que formar bem para isso. Eu acho que a consequência disso é uma disputa de títulos. Evidentemente que do outro lado sempre tem trabalho também, então, o que a gente sempre coloca como objetivo é estar entre os melhores, tanto no Brasil como nos campeonatos estaduais", explicou Brazil.
Com 58 anos, Carlos Brazil chegou ao Corinthians depois de uma boa passagem pelo Vasco. Responsável pela base do Timão, o dirigente diz que é necessário uma fase de adaptação na transição de jogadores da base para o profissional.
"A transição, acho que um problema de quase todos os clubes do Brasil. Ainda não se achou um modelo ideal. Isso é facilmente explicado porque os meninos se formam jogando com meninos da idade deles, muitas vezes com os mesmos meninos por dez anos, aí de repente eles batem numa realidade diferente, do profissional, onde você tem uma pressão muito maior de mídia, de torcida, eles vão se deparar com ambiente totalmente diferente, jogadores com muitos anos de profissional... então, tudo isso precisa ter uma fase de adaptação. Tem a ansiedade do atleta, do agente, da família, mas eu acho que é uma questão cultural. Quando você estabelece uma cultura de transição, natural dentro do clube, todos começam a ver o resultado e começam a respeitar isso", comentou Brazil.
Apesar de ser um dirigente, Brazil deixou claro que já tem um modelo de jogo definido e que foi pensado para os jogadores da base do Corinthians.
"A gente tem que criar um modelo para que os meninos estejam prontos para tender a demanda do profissional. Isso não quer dizer que a gente tenha que jogar igual ao profissional. A característica de jogo do profissional elas são um pouco diferentes dos jogos da base, muitas vezes o profissional joga com o objetivo do resultado, e nós temos sempre que estar com o objetivo da formação, que é um pouco diferente. A gente vai fazer isso através de um modelo que eu entendo que é o melhor para a formação, que é: o Corinthians é um time muito grande e precisa ser sempre o protagonista dos jogos, para isso a gente precisa ter a bola, precisa ter posse de bola, precisa jogar de uma forma agrupada, com jogo apoiado, o que chamamos de jogo de posição, onde todos cumprem várias funções dentro de campo", disse o novo gerente da base do Corinthians.