Erik "Zenac" Filho foi um dos destaques da campanha do Corinthians na quinta edição da Liga Brasileira de Free Fire, que terminou com o vice-campeonato do Timão. O jogador, assumiu a função de capitão da equipe e protagonizou momentos importantes nas atuações corinthianas durante a fase classificatória e na final.
Seu desempenho foi motivo de elogios por parte de Kied, treinador do time alvinegro. Em entrevista ao Meu Timão, o coach lembrou o impacto que Zenac teve sobre a equipe logo em sua chegada.
"Eu precisava de alguém para ser capitão. Cheguei para a diretoria e disse que precisávamos contratar. E foi até por sorte, coisa do destino. O Zenac tinha sido liberado há pouco tempo do time que ele jogava antes, estava sem contrato. O nome dele surgiu nas minhas pesquisas. Queria um cara de rush. E, quando ele chegou, não era nem para ser capitão. Nós conversamos e a gente amadureceu essa ideia dele passar as calls. E ele chamou a responsabilidade, jogou bem, administrou bem. E então começamos a trabalhar com ele nessa função, e o time evoluiu", afirmou Kied.
"Passar as calls", no vocabulário do Free Fire, significa estabelecer o local do mapa onde o time irá pousar no início da partida, decisão que tem grande influência na maneira com a qual a estratégia da equipe será desenvolvida. Nesse sentido, o Corinthians se notabilizou durante a LBFF 5 pela qualidade das calls, que em muitos momentos geraram um posicionamento privilegiado para os jogadores nos momentos finais do jogo.
"Até teve times que questionaram, falaram que era pra ter cuidado, mas eu apostei nele e deu certo. Hoje, ele é uma das mentes mais pensantes do time, carrega mais o peso. Está muito focado, sempre quer mais, tem uma garra por títulos e por conquistas que levanta o time. Ele é muito confiante", completou Kied.
Zenac tem apenas cinco meses de Corinthians. Ele foi contratado em fevereiro deste ano após saída da Team Liquid, anunciado junto a Bruno “Bruno7”, que estava na FURIA. Ambos chegaram para reforçar o time em um período de muitas mudanças, depois de uma temporada com desempenho abaixo do esperado em 2020 e um início oscilante da LBFF 4.
"No cenário da LBFF 4, a gente não tinha um capitão nato. Chegou uma hora que ninguém mais queria ser capitão. Ninguém tinha interesse. Ficamos sem alguém para ditar o ritmo no jogo. Na minha forma de trabalhar, prezo muito pela questão extra campo. Preparo o capitão para eu não precisar interferir quase nada na hora do jogo. Faço o pré-jogo para que o time esteja preparado para agir sem mim. O tempo de resposta deles é muito mais rápido que o meu. Mas, para isso, precisa ter um capitão, alguém que estude o jogo e goste da função", explicou Kied.