O técnico Sylvinho defendeu fervorosamente o seu trabalho à frente do Corinthians na noite desta quarta-feira, após sofrer a sua pior derrota no comando alvinegro ao perder por 3 a 0 para o Atlético-MG , no Mineirão. Incomodado com os questionamentos, chegou a discordar de uma pergunta de que teve tempo para montar o time para encarar o líder.
"A pergunta está errada. Não tivemos sete dias pra trabalhar, tivemos poucos dias. Com relação aos nossos números, estamos em condições diretas de buscar a vaga na Libertadores, realidade que o Corinthians não tinha há um tempo", disse o comandante, voltando a usar o fato de ser a segunda melhor defesa do torneio até antes do jogo.
"Nós até o momento éramos a segunda melhor defesa do campeonato, então organização tem e tem muita. Com relação ao resto, estamos buscando melhorias, conhecimento do grupo, dos atletas. Tem atletas que chegaram recentemente, outros que estão ajudando há mais tempo. Buscamos o melhor de cada um deles, contamos com ajuda dos jovens também, tem muitos que sobem do Sub-20 e jogam muito, estão se revelando", avaliou.
O comandante, bastante elogiado pelo presidente Duilio Monteiro Alves na terça-feira, ainda fez questão de discordar de quem não vê evolução no seu trabalho. Para ele, quem fala sobre as atuações recentes ou jogos específicos faz uma análise "curta".
"Você vai mudando peças, elas têm sido mudadas. Quando se faz uma análise de futebol fica muito curto você falar de um jogo, dois jogos, de um período muito curto, de cinco meses. (...) Campeonato é muito complicado. Estamos buscando a formatação, atletas, além de uma situação de meio tempo", observou, especialmente incomodado com a teoria de que ele escalou mal o time contra Chapecoense e Fortaleza, acertando no segundo tempo.
"Quando você muda um time, potencializa, e o resultado ainda vem, um rendimento maior, isso é mérito de quem está trabalhando. Ah, por que não fez isso antes? Senhores, o futebol tem 90 minutos, mais acréscimos, o jogo se abre, se mostra. 'Ah, mas se ele tivesse feito isso antes...'. Quem me garante? Que se fizesse isso no primeiro tempo o resultado seria 5 a 0? Não é isso. Haja visto que ganhamos dois jogos difíceis e vai continuar difícil", assegurou.
Time compete pouco?
Sylvinho voltou a demonstrar incômodo quando questionado se o Corinthians competiu pouco em jogos como o desta quarta, quando o adversário faz muito mais faltas e o juiz deixa correr. Para ele, o Timão marca limpo e forte.
"Se o sinônimo de falta é competitividade, o número não encaixa porque até hoje, infelizmente tomamos três gols, saímos chateados e muito bravos, éramos a segunda melhor defesa do campeonato. Somos um time limpo e que marca forte, sim. O que eu não gostei é que o árbitro foi conivente com as faltas do Atlético, principalmente no primeiro tempo. Muitas faltas no Renato, no segundo tempo faltas no GP. São detalhes. Adversário que eu elogiei tanto que acabou abusando das faltas, que são do jogo, mas isso não se mede a competitividade", concluiu.
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