O título da Libertadores conquistado pelo Corinthians no último domingo foi o primeiro da atacante Gabi Portilho. Peça essencial do time de Arthur Elias, a atleta comemorou a conquista e o momento que vive no clube.
Gabi Portilho disputava a titularidade do lado direito do ataque corinthiano com Giovanna Crivelari, que acabou deixando o clube, o que fez a camisa 18 se firmar no time titular alvinegro. Quando vivia um grande momento pelo clube, a atleta teve que enfrentar a perda de sua avó. Assim, ela contou como foi dar a volta por cima e se recuperar no clube.
"É inexplicável tudo que estou vivendo, é coisa de Deus. Se eu falar, ninguém acredita. Foi um ano muito importante onde eu fui muito feliz, tive uma perda muito grande. A gente aprende muito na dor, na derrota, então Deus ele é tremendo na minha vida e eu estou muito feliz por estar vivendo tudo isso, por ter tido tantas oportunidades de mostrar o que eu fiz e o que posso fazer mais. É inexplicável, eu estou em êxtase desde a final do Brasileiro e, agora, da Libertadores. Eu só tenho a agradecer a Deus", disse a corinthiana na chegada do clube ao Brasil , na última terça-feira.
Gabi Portilho chegou ao Corinthians em 2020 e disputou a Libertadores daquele ano, mas o Timão não saiu com o título. Depois de conquistar sua primeira taça da América, então, a atleta falou sobre o momento especial e as dificuldades enfrentadas pela equipe para chegar ao título.
"Muito feliz por ser minha primeira Libertadores com título. Participei na de 2020, mas na fase mais importante não participei por uma lesão, então estou muito feliz por vivenciar tudo isso, por aprender dentro e fora de campo. Foi uma luta muito grande, passamos poucas e boas pra trazer esse título pra casa. A injúria racial, eu nunca tinha vivenciando presencialmente. Fiquei muito frustrada, com muita raiva, um sentimento de nojo. Isso não deve existir mais, já foi tudo falado. E trazer esse título era uma questão de honra, não só pelo trabalho que a gente realiza, mas pra luta de dentro e fora de campo e o que a gente representa. Feliz por ser meu primeiro título de Libertadores e fazer um gol na final, ajudar a equipe, então é um sentimento indescritível", expôs a corinthiana.
O título representa a nona conquista do Corinthians desde 2016, quando o projeto foi reativado. De olho na história que a equipe vem escrevendo, Portilho falou sobre uma melhora para o futuro da modalidade.
"A gente luta muito pra isso, né (pro futebol feminino ter o futuro que merece). Está crescendo, está melhorando, está evoluindo. Está indo devagar, mas está indo. O Corinthians fazendo essa história abre portas para os outros clubes investirem e fazerem a modalidade crescer cada vez mais. Aos pouquinhos isso vai melhorando, mas eu espero que chegue muito longe ainda", finalizou a atacante.