O Corinthians venceu o Deportivo Cali na noite desta quarta-feira e conheceu seu primeiro triunfo na Libertadores. Ao final do jogo, Vítor Pereira analisou a partida e explicou suas opções nas substituições - confira entrevista no vídeo acima.
"A maior parte do tempo, qualidade de jogo. O futebol é assim. Criamos situações e não conseguimos o primeiro gol para nos dar um bocadinho de tranquilidade, demorou muito a chegar. Mas chegou também por causa desse espírito que vivenciamos todos os jogos. Hoje, claramente merecemos o respeito da torcida, o respeito de todos que amam o clube. Depois um bocadinho de sofrimento também. Faz parte do jogo, faz parte do futebol. Sofremos um bocadinho naquela parte final. Na parte final nós temos um jogador que a cada lançamento lateral nos empurra para trás, cada lançamento lateral é um cartão. Ficamos um bocadinho com receio de subir e tomar uma bola nas costas mas o resultado do jogo foi justíssimo", expôs o treinador em entrevista coletiva, falando também brevemente sobre a relação com a torcida.
Mesmo com um primeiro tempo sem gols, o treinador optou por voltar para a segunda etapa sem alterações. Apenas com 15 minutos do segundo tempo Vítor Pereira mexeu no Corinthians pela primeira vez. Ele, então, explicou a vontade dos atletas de ficar em campo, mas pontuou a necessidade de mudanças.
"Não há dúvida nenhuma que, acima de tudo, nós quando falamos com o jogador no momento da substituição, raramente há um jogador que queira sair. Por que? Porque quer ajudar o time. Mas o que nós fazemos aqui é prevenir, é ver que, se o jogador precisar arrancar naquele momento do jogo, ele vai romper (se machucar)", analisou.
Ao longo da etapa final, Vítor Pereira lançou a campo Lucas Piton, Du Queiroz, Róger Guedes, Giuliano e Bruno Melo. Ele explicou os motivos pelos quais optou por cada um dos jogadores e ainda fez um adendo sobre a situação de João Victor, que recebeu cartão amarelo no banco de reservas.
"Portanto, tiramos o Fábio. Fábio para mim fez uma belíssima partida, mas que, para mim, estava entrando em um estado de fadiga perigoso. O Piton é um jovem, dinâmico, gosta de ir lá fustigar. Então por que não trocar? Paulinho fez um belíssimo jogo, mas entrou numa fase em que já jogou com o Botafogo, sentiu ali qualquer coisa, então a gestão que faz muitas vezes é uma gestão que as pessoas que estão fora não conseguem perceber. E tem também a troca técnica. Enquanto nós forçávamos o cruzamento, tirar o Jô era um bocadinho um contrassenso, porque sai um cruzamento e ele pode fazer um gol. Mas quando estamos em vantagem, engraçado que íamos deixar o Róger e ele. Mas, como ia abrir mais um bocadinho, tiramos ele e colocamos o Róger que é um jogador que ataca mais espaços. É um bocadinho por aí, antecipar um bocadinho", detalhou o treinador.
"O que nos empurrou para trás? É o fato de só termos feito um gol. O Giuliano entrou bem, se tivéssemos feito dois ou três estaríamos muito mais tranquilos, continuaríamos a ter a bola, sabíamos que esse jogo era fundamental os três pontos. E o que o inconsciente fala? Que eles vão bater a bola lá em cima e podiam ter uma chance, e tiveram. Aí sentimos que era necessário colocar um time mais alto, por isso a entrada do Bruno Melo. O João com um amarelo que não podia ter levado, mas levou... esse é o processamento a cada minuto, o jogo vai acontecendo. Não vai colocar um jogador com amarelo, o Gil já com amarelo, já tinha avisado ele que ia sair porque se começassem a jogar com velocidade, ele com amarelo, já ficaria prejudicado. Esse é o negócio que você vai vendo jogo a jogo, essa é a vida do treinador", completou em seguida.
Agora, o Corinthians faz uma "pausa" na Libertadores e tem compromissos pelo Brasileiro e a Copa do Brasil. O próximo jogo da equipe pelo torneio continental é dia 26 de abril, quando a equipe enfrenta o Boca Junior, às 21h30, na Neo Química Arena.
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