Após a vitória do Corinthians contra a Portuguesa, do Rio de Janeiro , na última quarta-feira, pela terceira fase da Copa do Brasil, o técnico Vítor Pereira concedeu entrevista aos jornalistas presentes na Neo Química Arena. Entre os assuntos abordados, o português falou sobre a presença de jogadores jovens no time e como observa o crescimento deles.
“Eu tive um passado ligado à formação, comecei minha trajetória na base, tive uns anos na base do Porto. O que aconteceu? Tive esse gosto, gosto de trabalhar com essa gente nova. Falham em alguns aspectos porque é normal, arriscam onde não pode arriscar, individualizam quando têm de ser mais coletivos. Mas vê-los crescer e fazê-los crescer é uma alegria muito grande”, comentou o treinador.
“É fazer crescer essa juventude, torná-los mais maduros, melhorar a cultura tática, eles saberem qual o momento de acelerar, de desacelerar. Eles querem sempre acelerar e, como querem acelerar sempre, perdem muitas bolas. Estão começando a entender que às vezes a equipe precisa acelerar, mas às vezes precisa desacelerar. Às vezes precisa marcar alto, às vezes, não. É esse crescimento que eles vêm tendo e, com certeza, vão ter ainda mais no futuro. Por exemplo: esses meninos da base que vêm ao treino vêm com aquela energia toda, aumentam a intensidade e a dificuldade do treino. Eles correm e têm qualidade. Isso é uma questão de ir tendo a oportunidade para lhes dar tempo e fazê-los crescer ainda mais. Ao mesmo tempo crescer ao lado dos jogadores que têm tanta qualidade. Esses ao contrário, tenho que gerenciá-los para que eles possam desempenhar em alto nível”, completou.
Quando questionado sobre o atacante Giovane e o meia Mantuan, Vítor evitou falar somente sobre a dupla, fazendo questão de citar outros nomes provenientes da base alvinegra. Para o comandante, os garotos precisam de tempo e espaço para evolução.
“Se eu falar só neles vou ser injusto com os outros. Nós temos jogadores de qualidade na base. Eu gosto muito de ter espaço e essa sequência nos permite dar espaço para eles nos treinos e pós-jogos, espaço trabalhá-los e fazer com que eles evoluam. Nós tínhamos eles, o Felipe, que eu queria colocá-lo também. Nós temos o Wesley, que é explosivo, também pode nos ajudar. Temos o Matheus, o Biro, o Maná, gente de qualidade que tem trabalhado conosco. Temos o Robert. O trabalho da base tem qualidade, cabe a mim arranjar espaço para eles, tê-los mais perto de nós pelo maior tempo possível. Ajudá-los a crescer. Mantuan, João, Raul, Du, Piton, todos eles são jovens também. Precisam de tempo e espaço para chegar a um outro nível”, concluiu.