O Corinthians perdeu por 2 a 0 para o Atlético-GO nesta quarta-feira e, dentro de campo, não se impôs. De acordo com Vítor Pereira, a postura do Timão no Antônio Accioly foi questionável . As estatísticas ajudam a entender porque a equipe do Parque São Jorge não teve ímpeto, criatividade e volume diante do clube de Goiânia.
O time comandado por Vítor Pereira trocou, ao todo, 531 passes durante o duelo, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. Desses, 473 foram corretos. O número alto não traduz uma troca de passes efetiva do Timão, pelo contrário. A maioria das interações que fizeram o Corinthians chegar ao número, se deu entre jogadores da defesa, fazendo com que o meio campo e o ataque pouco participassem.
De acordo com o FootStats, Fagner e Gil trocaram, um com o outro, 35 passes. O camisa 4 e sua dupla, Raul Gustavo, interagiram com passes por 36 vezes. Como muitas vezes esses passes são toques para o lado, as jogadas do time não se verticalizam, transformando a posse de bola em uma posse estéril - ou seja, pouco produtiva e criativa.
Lucas Piton e Raul Gustavo, por exemplo, trocaram 20 passes. O número é maior do que as interações entre o lateral-esquerdo e Róger Guedes, que trocaram sete, ao todo. Assim, a bola pouco chegou no ataque, já que o setor de meio campo também não foi tão ativado. Das oito vezes em que um jogador do Corinthians finalizou no gol, sete foram erradas, de maneira que apenas Willian conseguiu uma finalização correta.
Dessa maneira, é compreensível que no quadro Notas da Torcida, aqui do Meu Timão, a média das avaliações tenha sido muito baixa - nenhum defensor recebeu mais que dois, e Maycon foi o pior avaliado, com 0,8.