Parece exagero, mas o Corinthians chega para o duelo contra o Flamengo, nesta terça-feira, com 15 vezes mais possibilidade de armar o seu meio-campo do que tinha há pouco mais de um mês, quando encarou o Boca Juniors. Em um misto de recuperação de atletas e contratação, o Timão se reinventou nesse período.
De volta ao dia 28 de junho, quando o clube recebeu o Boca Juniors na Neo Química Arena, o técnico Vítor Pereira nem tinha muito mistério a fazer. No meio-campo, Du Queiroz e Maycon estavam machucados, Cantillo estava suspenso e Paulinho, já há um bom tempo, entregue ao departamento médico por causa de uma cirurgia no joelho.
A única opção para formar uma dupla de volantes era Xavier e Roni, dupla da base que havia perdido espaço desde que surgiu, em 2019. Ou seja, apenas uma combinação de jogadores era possível para que Vítor Pereira tivesse em campo dois volantes.
A limitação foi tamanha que ele preferiu mudar o esquema, formando uma linha de cinco defensores, retraindo Fagner e deixando Mantuan como ala-direito. Roni foi escalado sozinho na frente da área, mas com o auxílio constante de Giuliano e Adson fechando o meio-campo. Xavier não foi utilizado.
Já nesta terça-feira, VP poderá contar com todos os que eram baixa para aquela partida e ainda tem à disposição o recém-chegado Fausto Vera. Ou seja, são seis atletas do setor disponíveis para manter a proteção da zaga, uma variedade que dá ao comandante 16 combinações diferentes - uma delas, e talvez a mais improvável, formada justamente por Xavier e Roni.
Há ainda a chance de VP escalar três meio-campistas mais defensivos, o que lhe possibilita dez combinações diferentes de jogadores usando apenas volantes. Com Giuliano, as possibilidades sobem para 15 distintas.