Meu Timão

Entrar

Erika e Tarciane abraçadas e comemorando

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

1.0K 13

'Jamais vou me calar'

Jogadora do Corinthians fala sobre casos de assédio no futebol e cita liberdade de manifestação

Por Beatriz Maineti e Maria Beatriz de Teves

visualizações 1.0K comentários 13 0

A vitória do Corinthians sobre o América-MG pelo Brasileirão Feminino 2024 ficou marcado por protestos antes do apito inicial. Torcedores que ocupavam as arquibancadas da Fazendinha na última quinta-feira se manifestaram contra os casos de assédio no futebol feminino, e a zagueira Erika, do Corinthians, endossou os gritos que vieram da torcida.

"O que vem acontecendo sobre tudo isso, até o assédio que teve recentemente com a Ary, fisioterapeuta da Ferroviária, isso não pode acontecer, foram com profissionais da comissão técnica, mesmo que fosse com torcedor. A gente tem que se posicionar sim, temos voz, orientações e sabemos o que é hoje um assédio moral, um assédio sexual e muito mais que isso. O que já sofremos, a gente não vai deixar barato", disse a zagueira.

Na última terça-feira, a Ferroviária enfrentou o Real Brasília, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro, e a coordenadora foi alvo de comentários de cunho sexual durante um atendimento à uma jogadora, que teriam sido proferidos por membros do Real Brasília, mas os autores não foram identificados. O caso foi denunciado pela vítima e por uma das atletas à árbitra Luciana Mafra Leite, que registrou o ocorrido na súmula do jogo. A Ferroviária emitiu uma nota de repúdio na manhã de quinta-feira.

"Não é mimimi isso, que continue dessa forma, que bom que ela falou, porque outras pessoas sofreram isso e se calaram, com prova, mas com medo do clube mandar embora, mas tem que fazer isso, porque dá coragem para outras mulheres. O que ela fez foi sensacional, tem que ser falado sim e alguém tem que tomar uma providência em relação a isso, porque não pode passar”, comentou Erika.

Erika diz que dentro do Corinthians há um trabalho de orientação para casos como estes. Segundo a zagueira, elas possuem autorização para se manifestar quando acharem necessário, e frisou que, pessoalmente, fará isso sempre que for necessário.

"Graças a Deus a gente tem uma orientação melhor de tudo isso. O que sofríamos antes a gente não vai deixar passar. Isso é muito importante. Temos uma orientação aqui no Corinthians e fico muito feliz, porque a gente pode se posicionar em relação a isso. O manifesto normal é um posicionamento, independente de qualquer coisa eu sou ser humano e olho pelo outro. Aqui no Corinthians nós temos muito isso, a gente consegue se posicionar, temos voz pra isso. Particularmente falando, eu jamais vou me calar. Falo que sou a mais velha que fica brigando por tudo, não vou deixar de falar. Se eu ver que é algo que posso ajudar, eu vou me posicionar", afirmou Erika.

A zagueira corinthiana fez seu retorno aos gramados na noite de quinta-feira . Depois de mais de dois anos afastada para tratar uma grave lesão no joelho, Erika foi colocada em campo aos 13 minutos do segundo tempo e participou ativamente da vitória das Brabas pela segunda rodada do Brasileirão Feminino.

Agora, ela e as jogadoras voltam a campo já na próxima segunda-feira, às 20h, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, também pelo Brasileirão Feminino. O Corinthians de Lucas Piccinato é, atualmente, o único time com 100% de aproveitamento na competição, e já figura na liderança do campeonato nacional.

Veja mais em: Erika, Corinthians Feminino e Corinthians x América-MG.

Confira mais novidades do Corinthians

13 Comentários Comentar >

2000 caracteres restantes

Especiais do Meu Timão

Você está acessando o site mobile do Meu Timão.

Acessar versão Desktop.

Acessar versão desktop