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L! opina: A cortina de fumaça inventada por Teixeira

Por Meu Timão

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A saída de Ricardo Teixeira da presidência do Comitê Organizador da Copa de 2014 poderia ser uma grande notícia para o Esporte, para a Copa e para o Brasil. Está muito longe disso.

Teixeira, como sempre fez ao longo da vida, usa apenas manobra para sobreviver. Enfraquecido, rompido com os poderosos da Fifa, mantido à distância pela presidente Dilma Rousseff e cada vez mais sem apoio político, a ponto de ser humilhado pelo deputado Romário em audiência na Câmara, sem que a bancada da bola se erguesse em sua defesa, Teixeira considerou ser essa a hora de deixar os holofotes para agir por trás das cortinas.

O primeiro movimento foi a escolha de Andrés Sanches, mais do que um aliado, fiel escudeiro e candidato a seu sucessor, para a diretoria de seleções da CBF. Indicação que já começou equivocada pelo momento, em plena decisão do campeonato Brasileiro quando o Corinthians é um dos postulantes ao título. O que despertou a ira dos rivais e pode transformar erros casuais de arbitragens em polêmicas discussões de intencionalidade. Desnecessariamente.

Mas o pulo do gato do cartola-mor foi chamar Ronaldo para substituí-lo à frente do COL. Substituí-lo, não, este não é bem o termo. Mantido o status atual, Ronaldo vai apenas esquentar a cadeira da presidência. Pois Ricardo Teixeira sairá, sim, de corpo presente, mas manterá intocável a estrutura de um órgão constituído a sua imagem e semelhança, formado por subalternos, amigos e parentes unidos pelo interesse comum de agradá-lo, seja bom ou ruim para a Copa e o país.

Sem entrarmos no mérito de sua competência para esta tarefa monumental, será um erro Ronaldo aceitar uma tarefa assim sem exigir mudanças. Sem exigir que o COL vire
um órgão sem fins lucrativos, transparente, fiscalizado e prestando contas à sociedade. Medidas que o tornem protagonista de fato, não apenas mais um escudo. Sim, pois ao manter o cargo de presidente da CBF e sua participação acionária no comitê-empresa como pessoa física, Teixeira será mais do que uma sombra de Ronaldo. Terá, por direito, poder para influenciar a toda a qualquer decisão que ali fortomada.

Ronaldo tem ainda uma outra obrigação a cumprir ? e esta exclusivamente de caráter pessoal. Tem de se afastar de fato ? e não de fachada ? de seus negócios. É claro conflito de interesses dirigir o COL e agenciar patrocínios para clubes e jogadores (alguns da Seleção Brasileira), além de tratar de assuntos que direta ou indiretamente têm relação com a Copa do Mundo.

Um país que acaba de ver um ministro do Esporte afastado por suspeita de corrupção, onde as denúncias de superfaturamento de obras pipocam todos os dias pela imprensa,
precisa mais do que práticas decentes. Precisa de bons exemplos. Ronaldo tem a chance de fazê-lo. Ou pode tornar-se apenas mais um na vala comum do vale-tudo brasileiro.

Fonte: Lancenet

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