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Carlos Miguel é o futuro, mas Cássio ainda tem que ser o presente
Rodrigo França

Jornalista com passagem pela TV Cultura. Realizando o sonho de trabalhar com o Corinthians.

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Carlos Miguel é o futuro, mas Cássio ainda tem que ser o presente

Coluna do Rodrigo Martins França Dultra

Opinião de Rodrigo França

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Carlos Miguel é o futuro, mas Cássio ainda tem que ser o presente

Corinthians tem o que nenhum outro clube brasileiro tem: dois goleiros de alto nível

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

É muito fácil chegar aqui, após uma falha de Carlos Miguel, e dizer que o Cássio ainda é o presente e tem que ser o titular do time. Mas a verdade é que esse texto deveria ter vindo há algum tempo, então fica aqui a minha autocrítica.

Sim, eu acho que o Carlos Miguel falhou no jogo de ontem, tal como acho que o Cássio falhou contra o Palmeiras. O reserva falhou menos porque o recorte é menor, joga consideravelmente menos que o titular. Mas suas falhas não invalidam a qualidade de ambos os goleiros.

O Corinthians, hoje, é um dos poucos clubes do Brasil que tem dois goleiros para confiar. Dois goleiros que a torcida sabe que vai honrar a camisa do início ao fim, tanto em campo quanto fora deles. Dois goleiros que sempre vão buscar defender a meta com excelência. E a concorrência é boa não só para os dois, mas também para o Corinthians.

Não existe rivalidade entre Cássio e Carlos Miguel, mas nas redes sociais a torcida se dividiu. Uma ala defende a permanência de Cássio, um dos ídolos mais decisivos do clube. Outra ala defende a titularidade de Carlos Miguel, que até a partida contra a Ponte Preta estava invicto quando entrava como titular.

Eu não me oponho ao revezamento entre Cássio e Carlos Miguel, acho importante para os dois. Cássio será poupado e Carlos Miguel ganhará tempo de jogo e, claro, mais experiência. Na iminência da aposentadoria do ídolo gigante, nosso reserva estará ainda mais preparado. No melhor dos mundos, não sofreremos para achar um novo goleiro como aconteceu com os rivais Palmeiras e São Paulo.

Mas parte da ala que defende a titularidade de Carlos Miguel acusa Cássio de “não querer largar o osso”. Mas o que seria largar o osso neste caso? Pedir para não jogar? Qual jogador com o mínimo de personalidade e liderança faria isso? Se fosse ao contrário, Carlos Miguel faria? A resposta é óbvia. E quem define a titularidade não é o jogador, mas sim o treinador. E todos os treinadores que passaram pelo Corinthians têm algo em comum: mantiveram Cássio como titular do time.

A gente pode discutir merecimento, potencial, capacidade, mas não pode culpar o Cássio por algo que nem mesmo o próprio acusador faria. Ninguém pediria para ser reserva. E nem tem que pedir. A disputa com o Carlos Miguel é saudável, mas o Gigante é titular por merecimento. E assim será enquanto António Oliveira ou qualquer outro treinador entender que deve ser.

Veja mais em: Cássio e Carlos Miguel.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Rodrigo Martins França Dultra

Jornalista com passagem pela TV Cultura. Realizando o sonho de trabalhar com o Corinthians.

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