Cássio não foi o alvo do protesto na porta do CT do Corinthians
Opinião de Rodrigo Vessoni
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Vamos a cinco fatos desse último protesto no centro de treinamento do Corinthians:
Fato 1: a faixa que dizia "Cássio, Fagner, Gil, Avelar, Jô... serão cobrados todos, sim";
Fato 2: o grito contra a imprensa e grito contra o comentarista Neto;
Fato 3: a faixa "Ameaça? É o rebaixamento";
Fato 4: o grito "Ameaça é o c... sou torcedor, eu pago seu salário";
Fato 5: o grito "Alô, Cássio... presta atenção. sua história não é maior que a do Coringão"
Na minha visão, esses cinco fatos acima mostram que o Cássio não foi o alvo do protesto na porta do CT do Corinthians.
O principal objetivo não era criticar um dos maiores ídolos em 110 anos de história (para muita gente, o maior.
Cássio foi apenas o meio para justificar algo maior.
Na minha visão, o protesto foi para legitimar o direito de cobrar, de mostrar que a cobrança independerá do personagem, de tentar legalizar o episódio do aeroporto.
Episódio esse que foi bastante criticado pela imprensa (incluindo o Neto). E que teve Cássio como o principal personagem dessa defesa.
Quem achou aquilo uma intimidação descabida, lembrou que o goleiro não podia ter passado por aquilo por tudo que já tinha feito pelo clube.
O goleiro, sem pedir (e sem culpa), virou uma espécie de 'objeto de disputa' entre os dois lados.
Quem achou o episódio do aeroporto errado, usou Cássio como um ser humano intocável, que nunca deveria ter sido atacado.
Quem achou o episódio do aeroporto certo, usou Cássio como um ser humano qualquer, que apenas foi cobrado.
E, na tarde desta terça-feira, depois de ouvir inúmeras críticas nos meios de comunicação, aqueles que avaliaram positivamente o episódio do aeroporto foram ao CT e deram a tréplica.
Pra mim, basicamente, foi isso.
E, pra finalizar, quero lembrar:
Só teremos a real dimensão do tamanho do Cássio na história do Corinthians daqui a uns 15, 20 anos, quando ele se aposentar.
Porém, algo é certo. Para Cássio, o Corinthians não será apenas o clube que mais atuou na carreira. Será para sempre uma espécie de sobrenome. Quando estiver bem velhinho andando pelas ruas, ele sempre ouvirá a mesma frase. "Olha quem tá ali... é o Cássio do Corinthians".
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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