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O Avelar; o Corinthians; o Avelar e o Corinthians
Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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O Avelar; o Corinthians; o Avelar e o Corinthians

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Opinião de Rodrigo Vessoni

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O Avelar; o Corinthians; o Avelar e o Corinthians

Danilo Avelar deixa o Corinthians com 110 jogos, 12 gols (incluindo nos três rivais) e o título paulista conquistado pelo clube

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O Avelar: Errou. Eu sei. Todos sabem. E ele também. Na nota oficial, não inventou historinha, não disse que foi um primo, não disse que foi um hacker ou corretor do celular. A injúria de conotação racial foi assumida. Encarou o erro de frente e assumiu as consequências.

O Corinthians: Precisava tomar uma atitude e... tomou. Exagerada? Correta? Branda? Cada um faça seu julgamento. Um caso de injúria racial não pode passar ileso. Para ninguém. No Clube do Povo, muito menos. Alguma penalidade precisa acontecer. E aconteceu.

O Avelar e o Corinthians: Individualmente, os dois lados da história estão acima. As duas partes envolvidas tomaram suas decisões. O Avelar, a errada. O Corinthians, a certa e única possível. Mas eu queria falar sobre os dois juntos, Avelar e o Corinthians.

O Corinthians faz parte da vida de Avelar bem antes de junho de 2018 quando foi contratado por empréstimo do Torino-ITA. Foram as paixões pelo futebol e pelo Corinthians na cidade paranaense de Paranavaí, reduto de alvinegros, que o fizeram buscar o sonho de ser jogador de futebol.

Uma paixão que cresceu com ajuda de seu pai, seu Edilson Avelar. O mesmo que, em 2015, três anos antes de Avelar acertar com o Corinthians, já encarava horas de estrada de Paranavaí até Itaquera para acompanhar o time do coração.

Eu conheci Danilo Avelar na clínica onde fez os exames médicos antes de assinar contrato. Seu pai estava junto. Era nítido o brilho nos olhos de ambos, que vivenciavam ali o primeiro dia de Danilo como jogador do Corinthians. Havia um orgulho daquele momento.

O mesmo orgulho que se viu na sequência. Desde que chegou, em junho de 2018, Danilo sempre demonstrou entender o chão que estava pisando. Poucas vezes eu vi um jogador do Corinthians entender a importância e a responsabilidade de vestir essa camisa.

Algumas vezes faltou bola, algo normal para um jogador que não é nenhum craque. Em contrapartida, sobraram vontade, profissionalismo e respeito à instituição. E tenho certeza que, se ficasse até o fim do seu contrato, continuaria da mesma maneira.

Como dito acima, um erro foi cometido. Um grave erro. Está aí. Resultou em punição. E não tem volta. Muitos já estão falando dele. Eu, como cidadão e jornalista, também já me pronunciei. Nas minhas redes sociais, na minha live e no início desse texto. Ponto.

Porém, como torcedor do Corinthians há 42 anos, que já viu essa camisa ser desrespeitada por tantos jogadores, me vi na obrigação de usar esse espaço para ressaltar o lado que me fez gostar e respeitar Danilo Avelar.

Que o erro sirva de exemplo. Para sempre. Assim como ficarão seus 110 jogos, 12 gols (incluindo nos três rivais) e o título paulista conquistado pelo clube.

Para alguns, Danilo será visto daqui pra frente como um racista. Para mim, Danilo será visto como um cidadão que errou ao protagonizar um caso de injúria racial, assumiu a bobagem, foi punido e aprenderá com esse erro para seguir sua carreira e sua vida.

A carreira, longe do Corinthians. A vida, atrelado ao Corinthians.

Veja mais em: Danilo Avelar.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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