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História e por que o Corinthians não pode relaxar mesmo após vencer o Botafogo
Tomás Rosolino

Tomás Rosolino é jornalista faz um tempo. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, ex-Agora SP e Gazeta Esportiva. Hoje no Meu Timão. Vejo muito esporte, todo dia, o dia todo.

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História e por que o Corinthians não pode relaxar mesmo após vencer o Botafogo

Matías Rojas no jogo contra o Botafogo pelo Brasileirão

Foto: Jhony Inácio/Meu Timão

O Corinthians conquistou um grande resultado em meio a uma atuação apenas razoável diante do líder do Campeonato Brasileiro. Vencer o Botafogo foi quase cumprir uma obrigação quando a equipe ficou com um jogador a mais ainda aos 20 minutos do primeiro tempo e dá um respiro para o elenco, mas não é o momento de relaxar na competilção.

"Pô, Tomás, já colocou o maior terror pra esses dois últimos jogos, time fez quatro pontos e ainda não dá para relaxar?". Infelizmente, amigos, é isso mesmo. E a história do Corinthians no Brasileiro é o que explica essa minha posição.

Os 30 pontos conquistados até aqui em 24 rodadas são superiores, em toda a trajetória dos pontos corridos, apenas aos 29 que a equipe somava a essa altura em 2018, justamente no momento da troca de Osmar Loss por Jair Ventura. O time teve os mesmos 30 pontos em 24 jogos em 2006 e 2020.

Ah, mas esse ano a zona de rebaixamento vai ter pontuação mais baixa. Sim, provável, mas quero trazer para vocês a condição do Corinthians a essa altura em 2007, ano do rebaixamento. Após a quinta rodada do returno, o time tinha 33 pontos conquistados e ocupava, sim, a nona colocação do Brasileiro!

Tabela do Campeonato Brasileiro de 2007 na 24ª rodada

Tabela do Campeonato Brasileiro de 2007 na 24ª rodada

Reprodução/Acervo O Globo

Repare que a distância era mais ou menos parecida com a atual do Corinthians para o Santos, primeiro time da zona da degola, e virtualmente maior do que a para o Vasco, 18º colocado que vem em ascenção na competição.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro 2023

Tabela de classificação do Brasileirão
Classificação PG J V E D GP GC SG %
10° Corinthians 30 24 7 9 8 28 29 -1 42
11° Cuiabá 29 23 8 5 10 23 29 -6 42
12° Cruzeiro 29 24 7 8 9 23 21 2 40
13° Internacional 29 24 7 8 9 20 27 -7 40
14° São Paulo 28 23 7 7 9 27 25 2 41
15° Goiás 26 24 6 8 10 20 30 -10 36
16° Bahia 25 24 6 7 11 28 33 -5 35
17° Santos 24 24 6 6 12 23 40 -17 33
18° Vasco da Gama 23 23 6 5 12 25 34 -9 33
19° América-MG 17 23 4 5 14 26 49 -23 25
20° Coritiba 14 23 3 5 15 24 51 -27 20

O problema naquele ano foi que, claramente relaxado pela posição na tabela, mas sem a capacidade de pontuar "naturalmente", o time perdeu pontos imperdoáveis, como uma derrota para o Paraná, fora de casa, além de reveses para Botafogo e Sport no Pacaembu. Um empate em cada um desses jogos, por exemplo, seria o bastante para terminar acima do Goiás em 2007.

Ou seja, o time atual do Corinthians, tecnicamente bem superior ao de 2007, precisa se manter focado para as partidas do Brasileiro que tem pela frente, principalmente as como mandante e confrontos diretos. Não dá, por exemplo, para não pontuar contra Flamengo e América-MG em casa, além do Cuiabá fora.

Diferentemente dos dois últimos anos, quando a tranquilidade na tabela fazia o futebol da equipe fluir naturalmente e algumas vitórias, principalmente em casa, serem automáticas, o time desse ano depende muito da concentração para pontuar. Principalmente, em termos defensivos.

Agora o foco deve estar na semifinal da Sul-Americana, fundamental para salvar o 2024 do clube - além de dar um gostinho de título que a torcida merece. Nada de relaxar no Brasileiro, porém, independentemente do sucesso ou do fracasso no torneio continental.

Veja mais em: Campeonato Brasileiro e Vanderlei Luxemburgo.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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