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SÍMBOLO
A mística da camisa 8 no Corinthians
Opinião de Victor Cônsoli
A camisa 8 no Corinthians não é só mais um número comum. Se no Ajax a camisa 14 é símbolo de Cruyff e na Seleção Brasileira a 10 remete ao Pelé e na Argentina o Maradona, no Timão, essa camisa não tem apenas um dono.
Do Doutor Sócrates ao "REInato Augusto", ambos jogadores de muita classe que viveram em época tão distintas, mas se encontram no mesmo clube, com a mesma numeração. Levaram o nome do Corinthians até a Seleção Brasileira, onde até dividiram a mesma frustração - passar tão perto de uma Copa do Mundo.
Juntos, levaram para o Parque São Jorge oito títulos, fizeram a Fiel comemorar 195 vezes e deram 94 passes para gol. Mas resumir o futebol dos dois em números é pouco. Sócrates e Renato Augusto são verdadeiros craques.
Visão de jogo, inteligência com um pitada de raça que não pode faltar nunca nesse clube. Os dois craques beneficiam gerações distantes de torcedores e fazem valer a pena cada ingresso para ver, hoje, o Renato dentro de campo.
Mas isso não é comparar. Ambos têm suas qualidades e suas histórias com essa camisa. Isso é valorizar um número que já está na história e que merece ser honrado por cada jogador que, um dia, virá a vesti-la. Aquela que é a camisa mais emblemática da história do Corinthians.
Essa camisa fica ainda mais pesada quando quem a vestiu marcou o gol do Campeonato Paulista de 77, que acabou com um jejum no Corinthians e Maycon, com a oito, marcou de pênalti o título paulista em 2018 contra o Palmeiras.
Além deles outros vestiram a camisa para honrar de uma maneira diferente. Luizinho Pequeno Polegar foi o primeiro craque a vestir o numero 8 e era um jogador que dava trabalho para os adversários com seus dribles, Ezequiel campeão em 90 era sinônimo de dedicação e raça, Freddy Rincón e Paulinho honraram o manto trazendo o Mundial de 2000 e 2012.
A camisa oito, mais uma vez, está em boas mãos.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.