'Aqui temos uma cultura de perder e mudar três ou quatro', alerta Fagner
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Por Mayara Munhoz
Após a eliminação da Copa Libertadores da América, já se fala sobre reformulação dentro do Corinthians. Alguns jogadores estão com os vínculos perto do fim, como é o caso de Emerson Sheik e Paolo Guerrero, e outros podem não dar sequência na temporada.
Para o lateral Fagner, isso é parte de um cultura do Brasil, mas a campanha do início do ano não pode ser esquecida nesse momento.
"O mais importante é o grupo hoje estar fechado e ciente do que pode fazer. Sobre reformulação, isso cabe à diretoria. Não cabe a mim. O grupo é muito forte e demonstrou isso. Infelizmente temos uma cultura em que uma eliminação já gera mudanças, o treinador não é bom... Não podemos jogar fora 31 jogos com três derrotas por causa de uma eliminação", declarou, em coletiva, nessa quinta-feira, no CT.
O jogador preferiu não opinar se algum dos colegas deveria sair do time nesse momento e exaltou a força do grupo alvinegro.
"É difícil falar se A ou B tem de sair ou ficar. Envolve contrato e outras coisas. A diretoria está resolvendo isso. Independentemente de título ou não, todos sabemos que o grupo é muito bom e fechado. Todo mundo quer ganhar. Às vezes temos de aprender um pouco para colher algo bom lá na frente", disse.
Fagner ainda voltou a falar sobre o costume de cortes e reformulações após grandes desclassificações e citou a Alemanha e o Barcelona como exemplos de como o clube deve agir nesse momento.
"Não é porque aconteceu a desclassificação que três ou quatro que estão com contrato vencendo não servem mais. Isso é coisa da diretoria, de empresário, mas aqui no Brasil temos essa cultura de perder e ter de mudar três, quatro... A Alemanha foi campeã do mundo e é o exemplo. Hoje o Barcelona é o exemplo", explicou.
O lateral ainda comentou sobre a polêmica declaração do diretor de futebol, Sergio Janikian, que disse que o Timão foi "presenteado por Deus" ao pegar o Guaraní nas oitavas de final.
"Não vi a declaração, não posso falar sobre isso. Logo depois do jogo do São Paulo, uma emissora me entrevistou, e eu não sabia qual era o enfrentamento. Perguntaram se era mais fácil pegar o Guaraní do que o Atlético-MG. Disse que não tem essa de mais fácil", finalizou.