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Meu primeiro ídolo
Danilo Augusto

Corinthiano e programador dedicado que tem um orgulho imenso de ter criado essa comunidade chamada Meu Timão.

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Opinião de Danilo Augusto

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Meu primeiro ídolo

Para ver Ayrton Senna, eu acordava cedo todos os sábados e domingos

Apaixonado por esportes, é natural termos ídolos e pessoas em quem nos inspiramos devido a um talento, esforço ou conduta extraordinária. Curiosamente, eu tenho e tive bem poucos. Meu primeiro ídolo inclusive não foi Neto, Tupãzinho ou qualquer jogador do Corinthians do início da década de 90. Deveria ser, afinal nasci em 1983, mas meu primeiro ídolo não jogava futebol.

Meu primeiro ídolo foi Ayrton Senna da Silva. Considerado por muitos o piloto mais habilidoso da história da fórmula 1, Senna ainda é respeitado internacionalmente, e ainda que não se enxergava assim, foi um herói nacional. "Para ser honesto, não me sinto o maior ídolo brasileiro. Não me sinto uma pessoa tão importante assim para merecer uma festa durante uma noite toda no Brasil", disse Senna ao conquistar o tricampeonato da Fórmula 1.

Senna era competitivo, dedicado, concentrado e focado nos seus objetivos, qualidades que sempre busquei em mim. Mas acima de tudo, Senna era leal, humano e vibrava com uma vitória. Acho que o ápice disso foi ver ele vencendo em Interlagos, em 1991. Com apenas duas marchas funcionando (quatro quebradas) ele liderou até o fim, com muita força, venceu, gritou muito "Eu consegui! Eu consegui!" andou mais alguns metros, parou o carro e desmaiou. Algo tão heroico que faz Lewis Hamilton chorar ao relembrar. O atual piloto bicampeão mundial é fã declarado de Ayrton Senna.

Senna tinha fãs em todos os lugares. Além das conquistas, seu posicionamento perante a fórmula 1 era diferenciado. O brasileiro lutava pela segurança dos pilotos e, muitas vezes, falava como um verdadeiro capitão dos atletas. Em 1992, quando ele parou seu carro durante um treino e saiu literalmente correndo para salvar a vida de Eric Comas, a imagem foi divulgada no mundo todo e fez Ayrton Senna ser conhecido como herói em todos os continentes.

Em 1994 veio o acidente. Me culpo até hoje por não ter assistido a corrida. No dia, um amigo ia disputar um campeonato de judô e pediu para eu acompanhá-lo. Eu fui, fiquei sabendo do acidente por lá. Foi um domingo estranho, diferente, fazia sol e ninguém jogava futebol na rua. Era um silêncio mas todos ouviam o rádio.

Lembro que, no primeiro jogo em casa do Corinthians após a morte de Ayrton, o Pacaembu estava lotado de faixas e bandeiras em homenagem ao piloto. Outras faixas cobravam respostas da FIA (Federação Internacional de Automobilismos), que sabia que as mudanças que eles exigiram nos carros deixava o esporte mais perigoso.

Mesmo 22 anos após seu falecimento, Senna ainda me emociona, me motiva. Assistir o filme "Beyond the speed", dedicado a ele, me tira muitas lágrimas. Escrever sobre ele também, melhor eu parar por aqui...

Obrigado, Senna, você foi meu primeiro ídolo.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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