Jô é apresentado e se emociona: 'Corinthians é minha casa. Nasci aqui'
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Por Meu Timão
O atacante Jô, de 29 anos, foi apresentado como contratação do Corinthians no início de tarde desta quinta-feira, no CT Joaquim Grava. Em sua primeira entrevista como jogador do Timão nesta segunda passagem pelo clube alvinegro, o agora veterano atleta se emocionou.
"Primeiramente, queria agradecer a Deus por esse retorno, a minha esposa por esse período comigo e ao presidente, ao diretor e aos funcionários por me receberem de volta. Passa um filme na cabeça, a emoção vem forte. Nasci aqui no clube, cheguei com sete anos. Meu primeiro treinador foi Paulo Borges, tenho uma história no clube. Meu primeiro treino foi em 2002 com o Parreira, com 15 anos", declarou.
"Corinthians é minha casa, quando surgiu a possibilidade de voltar, independente de colocação ou que divisão estivesse, foi minha melhor escolha", completou.
Corinthiano de coração, Jô tem no clube do Parque São Jorge lembranças importantes no que diz respeito à carreira como jogador profissional de futebol. Em 2003, ao estrear pelo Corinthians, se tornou o mais jovem atleta a defender o Timão. As lembranças vieram à tona nesta quinta-feira, 13 anos depois.
"Não era fácil estar entre grandes jogadores e com 16 anos estrear. Era um garoto, morava na periferia, soltava pipa e tive uma responsabilidade grande. Foi tudo rápido, depois fui para fora. Tive pessoas do meu lado que me ajudaram bastante, cometi erros como todos, mas tudo superado, estou de volta para minha casa, onde nasci e cresci. Espero dar o meu melhor", descreveu.
Jô deixou o Corinthians em 2005, quando se transferiu para o futebol europeu, onde deu continuidade à carreira e acumulou muitos títulos. Nesse período afastado do Timão, contudo, o centroavante não deixou de acompanhar, mesmo que de longe, o dia a dia do clube de infância.
"Eu nunca neguei que sempre fui corinthiano, desde pequeno, até esse tempo fora eu sempre torci. Quando caiu em 2007, eu estava na Rússia e fiquei triste. Minha esposa perguntou e eu falei que estava triste, era o clube do meu coração. Tive amigos aqui, nunca deixei e nem nunca vou deixar de ser torcedor. Isso marcou minha vida", lembrou.
Questionado sobre as polêmicas extracampo que marcaram suas passagens pelo Atlético-MG e pelo Internacional nos últimos anos, Jô contou detalhes de sua vida que explicam o porquê de estar mais centrado no trabalho: se tornou cristão no início de 2015.
"Quem me conheceu há muitos anos, conhece meu caráter, minha índole, às vezes no futebol você traça um caminho que não é correto. Aconteceu comigo e com muitos, dar uma deslumbrada. Encontrei Deus há dois anos, as coisas fora de campo se ajeitaram. Foram erros que reconheço, isso é importante. Superei, hoje sou a pessoa que eu era, só me desviei. Amigos e família do meu lado, sou feliz", disse.
"Estou mais concentrado, mais família. Não sou velho, tenho 29 anos, comecei com 16. Tenho muita vontade de dar a volta por cima e voltar a fazer gols, estou muito feliz", finalizou.