Carille fala de desafios e metas: 'Arsène Wenger' do Corinthians e sucesso na Europa
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Por Meu Timão
Os dois títulos conquistados em sua primeira temporada como treinador de futebol o credenciam a sonhar: Fábio Carille tem metas e sonhos "de gente grande" tanto no Corinthians quanto na carreira profissional especificamente.
Em entrevista concedida ao jornal Lance! e publicada nesta sexta-feira, Carille admitiu que sonha em mudar a forma com a qual os clubes tratam os técnicos no futebol brasileiro. Sua primeira missão é justamente seguir por muitos anos ininterruptos no Corinthians, algo que nem mesmo o ídolo e multicampeão Tite conseguiu em suas passagens pelo Timão. Na Inglaterra, por exemplo, Arsène Wenger comanda o Arsenal desde 1996.
"O ser humano é movido a desafios. Então, sei que não é fácil o que vou falar, mas quando eu falo que quero ficar três, quatro ou cinco anos em um clube no Brasil, eu sei que é difícil, mas é um sonho. Para isso, eu tenho que trabalhar, não me acomodar e fazer cada vez mais", contou o comandante alvinegro, que tem contrato com o Corinthians até 2019.
Um dia, porém, ainda que num futuro distante, Carille quer novos voos. O treinador corinthiano sugeriu ter desejo de comandar (e fazer sucesso!) em um grande clube europeu. Felipão, no Chelsea, e Luxemburgo, no Real Madrid, foram recentes casos de fracasso.
"É uma coisa que me incentiva cada vez mais: buscar conhecimentos, buscar isso, buscar aquilo... Quem sabe eu não seja o primeiro da minha geração a fazer sucesso em um time da Europa? Porque o Felipão fez, sim, sucesso, mas lá na seleção de Portugal", disse.
"Eu sou movido a desafios e objetivos, e isso faz com que eu mantenha o trabalho com equilíbrio e determinado", completou.
Ajudinha do René!
Para dar voos mais altos com o passar dos meses em 2017 mesmo, em seu início no Corinthians, Carille já contou com uma ajudinha que pretende levar adiante para a realização dos novos sonhos: René Simões. O veterano treinador abriu uma empresa para trabalhar justamente por trás das carreiras de técnicos jovens como Carille, Jair Ventura e Zé Ricardo.
"René hoje é mestre em coaching. E ninguém melhor que ele pela vivência que teve. Ele não me fala de tática, de quem tem que jogar, nada disso. De comportamento, me ajudou muito também nas entrevistas. Manda mensagens diárias, não falo com ele, só leio e guardo", falou.
"Nos momentos difíceis ele falava para eu não mudar minha forma de ser para não causar desconforto entre os atletas. Ele me ajuda nisso, no modo de agir, na gestão de pessoas. Tem me ajudado bastante", finalizou.