Prefeitura concede Pacaembu por valor inferior ao apresentado pelo Corinthians dez anos atrás
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Por Meu Timão
A Prefeitura de São Paulo, de gestão Bruno Covas (PSDB), fechou nesta sexta-feira a concessão do estádio do Pacaembu por 35 anos. O valor acordado pela privatização é de R$ 110 milhões. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.
O Pacaembu foi casa do Corinthians até 2014, quando o clube inaugurou a Arena, em Itaquera.
O vencedor do processo de concorrência foi o Consórcio Patrimônio SP, formado pela empresa Progen e pelo fundo de investimentos Savona. Eles triplicaram a pedida inicial da Prefeitura, de R$ 37 milhões.
Chama atenção a diferença de valores em relação ao que era discutido há dez anos entre Corinthians e Prefeitura, então comandada por Gilberto Kassab. Na época, o Timão apresentou projeto de modernização do estádio por R$ 100 milhões. A Secretaria de Esportes, porém, exigia R$ 250 milhões em reformas no local.
- Lance mínimo exigido pela Prefeitura para a concessão: R$ 37 milhões
- Concessão do Pacaembu à empresa Progen e o fundo de investimentos Savona: R$ 112 milhões
- Proposta do Corinthians de concessão do Pacaembu em 2009: R$ 100 milhões (R$ 170 milhões, corrigidos pela inflação)
- Pedido da Prefeitura ao Corinthians pela concessão do Pacaembu em 2009: R$ 250 milhões (R$ 425 milhões, corrigidos pela inflação)
No fim das contas, o projeto de privatização do Pacaembu àquela época nem mesmo foi aprovado na Câmara dos Vereadores. O então vereador e superintendente de futebol do São Paulo Marco Aurélio Cunha era ferrenho opositor à concessão do estádio.
Para a nova concessionária do Pacaembu, serão exigidas uma série de reformas no local, incluindo troca dos sistemas elétrico, hidráulico e de telecomunicações.
Uma das principais preocupações da ala que se opunha à privatização do Pacaembu é a perda de identidade do estádio que abrigou o Corinthians por tantas décadas. De acordo com o que foi prometido pelo então prefeito de São Paulo e hoje governador João Dória (PSDB), na época em que o projeto ganhava força na Câmara, haverá uma série de normas a serem seguidas pela empresa que tomar o espaço da iniciativa pública.