É natural que um ser humano tenha dificuldades de enfrentar a realidade de que sua atividade profissional esteja perto do fim. É natural que um jogador de elite esteja inseguro quanto ao fato de que sua carreira esteja caminhando para times de menor expressão e um fim breve.

Dito isso, passado não defende chutes e o presente pode manchá-lo, por mais glorioso que tenho sido.

Não vou me alongar nos declínios técnicos e físicos do Cássio nos últimos 3 anos (com uma leve melhora no período VP). Nem no tipo de liderança questionável que ele exerce como capitão.

Futebol profissional é competição de alto nível. Exige muito. E jogar num time grande exige mais ainda. É por isso que uma diretoria forte, com comando, precisa tomar certas decisões, como preparar o terreno para a substituição de um ídolo em decadência.

Dito isso, obrigado, Cássio! Construiremos uma estátua para o maior goleiro da história do Corinthians e um dos 5 melhores. Faremos uma ala do museu em seu nome. Podemos até aposentadar a camisa número 12! Mas o bonde chegou e está passando. Há gente pedindo passagem e o Carlos Miguel precisa se provar. Caso não se prove, iremos atrás do próximo grande goleiro deste imenso time. O próximo Gilmar, Ronaldo, Dida, Cássio. Eles vão, nós os celebramos, e o Corinthians, imenso, segue.

Obrigado, Cássio. Próximo!

(nada nesse texto abolve os outros perebas que compõem o elenco. O texto é sobre o Cássio).